Brasil

Advogado chega à PF em SP para entregar passaporte de Lula

Ordem para apreensão do documento foi dada pelo juiz substituto da 10.ª Vara do Distrito Federal, Ricardo Leite

Lula: apreensão do passaporte impediu a ida do petista para a Etiópia na madrugada desta sexta (Ricardo Moraes/Reuters)

Lula: apreensão do passaporte impediu a ida do petista para a Etiópia na madrugada desta sexta (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 11h07.

São Paulo - O advogado Cristiano Zanin Martins chegou às 10h25 desta sexta-feira, 26, à Polícia Federal, em São Paulo, para entregar o passaporte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ordem para apreensão do documento é do juiz substituto da 10.ª Vara do Distrito Federal, Ricardo Leite e foi informada ao Sistema de Procurados e Impedidos da Polícia Federal. O ex-presidente está proibido de deixar o Brasil.

A decisão do magistrado impediu a ida do petista para a Etiópia na madrugada desta sexta. O Instituto Lula anunciou o cancelamento da viagem a seis horas do embarque para o país africano. Lula embarcaria às 2h30 para Adis Abeba, capital etíope, com a volta programada para o dia 29.

O ex-presidente participaria de um encontro da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), a convite da União Africana, que reúne 54 países.

Ao pedir o recolhimento do passaporte, os procuradores Anselmo Lopes e Hebert Mesquita afirmaram que a execução provisória da pena do petista no caso do triplex "pode ocorrer em questão de semanas".

Eles escreveram também que "é possível afirmar que passou a existir risco concreto" de "possível fuga do País".

A decisão de apreender o passaporte de Lula foi tomada no âmbito da Operação Zelotes, que apura tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra dos caças suecos Gripen e na prorrogação de uma medida provisória.

Na quarta-feira, 24, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, confirmou a condenação imposta a Lula pelo juiz Sérgio Moro, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (SP), no âmbito da Operação Lava Jato.

A pena foi elevada de 9 anos e 6 meses para 12 anos e 1 mês de prisão e será cumprida após a análise dos embargos de declaração - único recurso cabível, mas que não altera a decisão.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaLuiz Inácio Lula da Silva

Mais de Brasil

Veja como vai funcionar novo programa de perícias do INSS para diminuir fila

Relator da maior aposta de Lula, Lira diz que seria 'honraria' ocupar cargo de vice de Bolsonaro

Reajuste dos servidores: veja data e como será pagamento retroativo

Decreto de Trump afeta Erika Hilton, e visto de deputada é recebido no gênero masculino