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Advogadas pedem impeachment de Janot ao Senado

No pedido, as advogadas alegam que Janot foi parcial ao não solicitar a prisão de Dilma e Lula por tentarem interferir na Lava Jato


	Janot: no pedido, as advogadas alegam que Janot foi parcial ao não solicitar a prisão de Dilma e Lula por tentarem interferir na Lava Jato
 (José Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas)

Janot: no pedido, as advogadas alegam que Janot foi parcial ao não solicitar a prisão de Dilma e Lula por tentarem interferir na Lava Jato (José Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 17h55.

Brasília - Duas advogadas protocolaram na presidência do Senado um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Ambas são ligadas a entidades que defendem o impedimento da presidente afastada Dilma Rousseff.

No pedido, feito ontem (13) à noite, as advogadas alegam que Janot foi parcial ao não solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão da presidente afastada Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por tentarem interferir na Operação Lava Jato, mesma acusação utilizada pelo procurador-geral para pedir a prisão de caciques do PMDB.

Na semana passada, foi revelado que Janot pediu ao STF a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente da República José Sarney.

Em áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado e divulgados pela imprensa, os peemedebistas debatem ações com o potencial de atrapalhar a Lava Jato.

Para as advogadas, no entanto, as contravenções cometidas por Dilma seriam mais graves. Entre os argumentos, elas citam a nomeação de Lula para ministro da Casa Civil como tentativa de livrá-lo das investigações na Lava Jato, transferindo seu foro da Justiça Federal, em Curitiba, para o STF.

Por outro lado, os áudios com os peemedebistas “expressam apenas preocupações em relação aos desdobramentos da operação Lava Jato e a indicação de advogados”, escreveram Beatriz Kicis e Claudia de Faria Castro no pedido de impeachment de Janot.

Segundo as advogadas, ao pedir a prisão de Renan, Jucá e Sarney, e não as de Dilma e Lula, Janot foi negligente e contrariou a dignidade e o decoro compatíveis com o cargo.

O impeachment do procurador-geral da República está previsto na Constituição. O pedido foi encaminhado para a advocacia do Senado, que deverá emitir parecer pelo seu arquivamento ou prosseguimento.

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