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Advogadas pedem à Justiça liberdade para Adarico Negromonte

Adarico é apontado como responsável por levar dinheiro de propina recolhido por Alberto Youssef aos representantes de partidos políticos e agentes públicos


	Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo
 (Nacho Doce/Reuters)

Agentes da Polícia Federal durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 15h51.

Brasília - As advogadas que representam Adarico Negromonte Filho apresentaram hoje (28) pedido de soltura dele ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal.

Irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, Adarico é apontado como responsável por levar dinheiro de propina recolhido pelo doleiro Alberto Youssef aos representantes de partidos políticos e agentes públicos.

Ele foi preso temporariamente na última segunda-feira (22) e o prazo da prisão vence hoje. O Ministério Público solicitou a conversão da prisão temporária em preventiva, mas as advogadas de Negromonte alegam que ele já colaborou com as investigações e não corre risco de atrapalhar a coleta de provas, devendo, portanto, ser solto.

“Reitera-se a Vossa Excelência que o enclausuramento imposto cautelarmente ao requerente já cumpriu sua finalidade. Desse modo, sua prorrogação não se mostra imprescindível para o prosseguimento das investigações criminais”, alegam as advogadas Joyce Roysen, Karin Toscano e Denise Nunes.

Elas argumentam que Negromonte tem quase 70 anos, é réu primário, tem residência fixa e “ocupação lícita”, mas não esclareceram quais são as atividades dele.

Na petição, as advogadas apontam que, nos dias em que ficou à disposição da Polícia Federal, Adarico não foi convocado para fornecer nenhum depoimento adicional.

A defesa propõe, ainda, que Adarico Negromonte fique à disposição da Justiça e autoridades policiais para quaisquer esclarecimentos adicionais, podendo, inclusive, ser intimado por telefone. O juiz Sérgio Moro ainda não se posicionou sobre o pedido.

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