Coronavírus: com a atualização, o Brasil tem 4 casos confirmados e 531 suspeitos para o coronavírus (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de março de 2020 às 10h24.
Última atualização em 5 de março de 2020 às 13h51.
São Paulo — O Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (05) que a contraprova do exame feito em uma adolescente de São Paulo deu resultado positivo para o Covid-19, o novo coronavírus.
Inicialmente, a pasta não havia qualificado o novo caso como confirmado, uma vez que a paciente não apresenta sintomas. No entanto, após reunião com especialistas nesta manhã, o ministério recuou e decidiu confirmar o quarto caso no país.
Os motivos para a mudança de classificação foram: resultado do exame, local provável de infecção (Itália), possibilidade da medicação após tratamento de lesão ter mascarado os sintomas e possibilidade de ainda ter sintomas nos próximos dias.
Com a atualização, o Brasil tem 4 casos confirmados e 531 suspeitos para o coronavírus. Outros 315 casos já foram descartados por exame laboratorial.
A adolescente de 13 anos viajou à Itália e foi atendida em um hospital local, após uma lesão de ligamento. Quando voltou ao Brasil, ela passou por exames no hospital Beneficiência Portuguesa, onde foi coletada a amostra para o exame realizado no Laboratório Fleury. Com o resultado positivo, a contraprova foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz.
O surto de Covid-19, nome oficial do coronavírus, pode causar infecções respiratórias como pneumonia. A doença já provocou mais de 3.100 mortes e infectou mais de 90 mil pessoas em cerca de 70 países e territórios.
Das pessoas que contraíram a doença, cerca de 48 mil se recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.
Além das mortes na China, onde o surto foi detectado em dezembro, há registro de mortes no Irã, na Itália, Coreia do Sul, no Japão, na França, em Hong Kong, Taiwan, na Austrália, Tailândia, nos Estados Unidos, em San Marino e nas Filipinas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.