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Acumulador de cobras entrega, de uma vez, 152 cascavéis no interior do PR

O homem mantinha em casa, dentro de caixas de madeira, 52 cascavéis adultas, 100 filhotes, além de uma jararaca

Perigo: a picada de uma cobra cascavel pode levar à insuficiência renal e à morte. (Agência de Notícias do Paraná/Divulgação)

Perigo: a picada de uma cobra cascavel pode levar à insuficiência renal e à morte. (Agência de Notícias do Paraná/Divulgação)

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Clara Cerioni

Publicado em 30 de julho de 2020 às 17h48.

Última atualização em 30 de julho de 2020 às 18h23.

Um homem que tinha 152 cobras cascavéis em casa, na cidade de Mandaguari no interior do Paraná, entregou os animais de forma voluntária para a Polícia Ambiental e para o Instituto Água e Terra, na última quarta-feira, 29. 

De acordo com técnicos do instituto, o homem, que não teve a identidade revelada, mantinha em cativeiro, dentro de caixas de madeira, 52 cascavéis adultas e 100 filhotes, além de uma uma jararaca

Ele recolhia os animais que apareciam nas casas de vizinhos, algo muito comum na região, mas ao invés de devolver à natureza ou entregar às autoridades, ele as mantinha em casa, o que é altamente perigoso. A picada de uma cascavel, por exemplo, pode causar insuficiência renal e levar à morte.

“O órgão ambiental reconhece o auxílio prestado pelo cidadão, mas reforça que a atividade de resgate não pode ser realizada sem a devida autorização, tampouco a manutenção de animais silvestres em cativeiro”, ressalta a bióloga e chefe do setor de Fauna do Instituto Água e Terra, Paula Vidolin.

A entrega foi feita de forma voluntária depois que as notícias sobre um estudante de Brasília que foi picado por uma cobra naja viraram assunto no país. Como o morador do Paraná acionou as autoridades, ele não será processado administrativamente ou criminalmente. 

O resgate contou com a presença de um médico veterinário que constatou que a saúde dos animais está em ótimas condições.

Pesquisa: as cobras vão auxiliar no desenvolvimento de soro antiofídico. (Agência de Notícias do Paraná)

Para recolher as serpentes, a polícia fez um grande esquema de segurança e evitar qualquer acidente. Foram mobilizados policiais ambientais, membros do instituto ambiental e da Secretaria da Saúde do Paraná.

Os animais foram levados para a Divisão de Zoonoses e Intoxicações. As cobras serão utilizadas para desenvolver pesquisas e produção de soro antígenos contra a picada de serpentes.

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