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Acordo entre Brasil e China dobra prazo de vigência de visto para dez anos

Medida foi anunciada pelos chanceleres Mauro Vieira e o chinês Wang Yi

Mauro Veira e o chanceler da China, Wang Yi (MRE/Reprodução)

Mauro Veira e o chanceler da China, Wang Yi (MRE/Reprodução)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 13h45.

Brasil e China firmaram um acordo, nesta sexta-feira, que dobra para dez anos o prazo de vigência de visto para cidadãos dos dois países. A medida, assinada pelos chanceleres Mauro Vieira e Wang Yi, faz parte das comemorações de 50 anos de restabelecimento das relações diplomáticas.

Segundo o Itamaraty, quando entrar em vigor, o acordo permitirá que as autoridades consulares dos dois países concedam vistos de até dez anos de validade, dobrando o prazo máximo de concessão atual. Em 2023, mais de 37 mil chineses visitaram o Brasil.

"A iniciativa facilitará as viagens, incentivará a promoção de negócios e impulsionará o turismo entre os países", destacou o órgão.

O Brasil segue o princípio da reciprocidade na concessão de vistos. Isso significa que só há isenção do documento se o outro país fizer o mesmo.

Essa tradição foi quebrada em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro que, de forma unilateral, eliminou a exigência de visto de cidadãos dos Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá. No governo Lula, à exceção do Japão, esses países se negaram a conceder o mesmo benefício para brasileiros. Assim, a partir de 10 de abril, o visto para a entrada no Brasil de americanos, canadenses e australianos terá de ser apresentado.

A ideia de dispensar o documento para alguns países sempre foi defendida por áreas do governo ligadas ao turismo e a negócios. Porém, o Itamaraty sempre vencia a briga. Desta vez, a diplomacia convenceu o presidente Lula a voltar à regra da reciprocidade.

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