Brasil

Ação da PF no Congresso é a segunda durante a Lava Jato

Em dezembro do ano passado, uma ação policial atingiu em cheio o PMDB e funcionários da Câmara foram surpreendidos pelos policiais

Operação: essa é a segunda situação em que policiais fazem varreduras nas dependências do Parlamento em busca de provas contra políticos (Getty Images/Getty Images)

Operação: essa é a segunda situação em que policiais fazem varreduras nas dependências do Parlamento em busca de provas contra políticos (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 16h28.

Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 16h29.

Brasília - Não é a primeira vez que a Polícia Federal bate às portas do Congresso Nacional. Em tempos de Operação Lava Jato, essa é a segunda situação em que policiais fazem varreduras nas dependências do Parlamento em busca de provas contra políticos.

Em dezembro do ano passado, uma ação policial atingiu em cheio o PMDB. Funcionários da Câmara foram surpreendidos com policiais cumprindo ordem de busca e apreensão na Diretoria Geral da Casa e na residência oficial da presidência, na época ocupada pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Estavam na mira da Operação Catilinárias o próprio Cunha, o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), os ex-ministros Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Celso Pansera (PMDB-RJ), além dos senadores Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e Edison Lobão (PMDB-MA).

O constrangimento entre os deputados e a repercussão negativa da operação provocaram a primeira derrota de Cunha no Conselho de Ética.

Depois de várias manobras do ex-deputado e de seus aliados, no mesmo dia da invasão policial o colegiado aprovou o parecer preliminar que pedia a continuidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista.

Em setembro de 2006, policiais da Operação Mão de Obra fizeram buscas no Senado. A PF investigava denúncias de fraudes em licitações na contratação de funcionários terceirizados para a Casa e outros órgãos públicos.

Na ocasião, o Ministério Público acusou a PF de avisar previamente o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e outros órgãos sobre a ação.

Renan designou para acompanhar as buscas o então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, suspeito de integrar o esquema de fraude.

Nesta manhã, agentes da PF deixaram o Senado com quatro policiais legislativos presos por suspeita de tentar dificultar investigações contra senadores.

Após a deflagração da Operação Métis, Renan divulgou uma nota onde afirmou que a instituição manterá uma postura colaborativa, mas cobrou que Ministério Público e Polícia Federal guardem "seus limites".

"As instituições, assim como o Senado Federal, devem guardar os limites de suas atribuições legais. Valores absolutos e sagrados do Estado democrático de direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de expressão e a presunção da inocência precisam ser reiterados", escreveu Renan.

Acompanhe tudo sobre:CongressoEduardo CunhaOperação Lava Jato

Mais de Brasil

Lula anuncia pagamento do Pé-de-Meia e gratuidade dos 41 remédios do Farmácia Popular

Denúncia da PGR contra Bolsonaro apresenta ‘aparente articulação para golpe de Estado’, diz Barroso

Mudança em lei de concessões está próxima de ser fechada com o Congresso, diz Haddad

Governo de São Paulo inicia extinção da EMTU