Comércio exterior: o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, vê Plano Nacional de Exportações com bons olhos, mas aguarda mais esclarecimentos (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2015 às 14h52.
Brasília - O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, afirmou nesta quarta-feira, 24, que o Plano Nacional de Exportações é positivo, mas precisa ser efetivamente colocado em funcionamento. "Por enquanto são promessas", disse à reportagem.
Segundo ele, a proposta que existe no plano de retomar o Reintegra a 3% de forma gradual e previsível até 2018 ainda precisa ser mais bem detalhada. "O que me preocupa é que essa previsibilidade não foi dada na reunião de hoje. Foi dito que vai ser previsível, mas não comunicaram agora como vai ser essa rampa", afirmou.
Para Pastoriza, outra proposta que consta no plano do governo em relação ao aumento de recursos disponíveis no âmbito do Proex de US$ 2 bilhões para US$ 2,9 bilhões também é uma promessa. "O que eu posso te dizer é que não houve recursos. Tem casos dramáticos de exportadores do meu setor que não conseguem um tostão do Proex", disse.
O presidente da Abimaq diz ainda que, para o ministro Armando Monteiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cumprir o que consta no plano vai precisar de "uma cachoeira de dinheiro no segundo semestre, porque no primeiro semestre secou".
O lançamento do plano faz parte de mais um esforço do governo da presidente Dilma para criar uma agenda positiva, em meio a um cenário de crise econômica. O objetivo central do plano, de acordo com o MDIC, é dinamizar as exportações e conquistar novos mercados.