Olimpíada: dificuldades de agenda, a distância geográfica e a incomum situação política que vive o Brasil, com o afastamento de Dilma Rousseff e a presidência interina de Michel Temer, explicam em parte as ausências (Reuters/Nacho Doce)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2016 às 22h18.
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro terá a presença de 45 chefes de Estado, um número bem inferior aos 80 que foram a Pequim-2008 e aos 70 de Londres-2012.
Dificuldades de agenda, a distância geográfica e a incomum situação política que vive o Brasil, com o afastamento de Dilma Rousseff e a presidência interina de Michel Temer, explicam em parte as ausências de alguns chefes de Estado.
O Brasil não informou quais os convidados confirmados nem seu número final por "razões de segurança", explicou um funcionário do governo à AFP. A avaliação de 45 chefes de Estado procede do ministro das Relações Exteriores, José Serra, e foi realizada no final de julho.
"Temos uma instabilidade política muito grande com este processo de impeachment de Dilma Rousseff, e isto passa uma imagem política de muita insegurança, negativa", disse Amado Cervo, professor de História da Universidade de Brasília.
Os Jogos de Pequim, há oito anos, marcaram o recorde de presença de chefes de Estado e receberam, entre outros, o presidente americano, George W. Bush.
O presidente Barack Obama e sua mulher, Michelle, prestigiaram os Jogos de Londres, do mesmo modo que o então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, e o presidente francês, François Hollande.
Nesta sexta-feira, alguns dos 45 líderes mais importantes do planeta verão o desfile dos mais de 10 mil atletas no estádio do Maracanã, protegidos por um imenso esquema de segurança.
Hollande, que já está no Rio; o presidente da Argentina, Mauricio Macri; seu colega do Paraguai, Horacio Cartes, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, confirmaram sua presença com Serra.
Segundo uma lista extraoficial revelada por um funcionário do governo, também estarão no Rio o secretário americano de Estado, John Kerry, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, os reis de Holanda e Bélgica, Willem Alexander e Filipe, assim com o príncipe Albert II, de Mônaco.
Todos serão recebidos por Temer pouco antes da abertura dos Jogos, em um coquetel que reunirá 1.500 convidados.