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A verdadeira história da noitada de nadadores dos EUA no Rio

De acordo com a versão incial dos atletas, eles foram assaltados na madrugada do domingo (14), quando voltavam de uma festa na Zona Sul do Rio


	Escândalo: os questionamentos aumentaram quando o Daily Mail divulgou imagens dos atletas retornando ao alojamento perto das 7h da manhã, cerca de 3h após o horário que eles supostamente saíram da festa
 (Getty Images)

Escândalo: os questionamentos aumentaram quando o Daily Mail divulgou imagens dos atletas retornando ao alojamento perto das 7h da manhã, cerca de 3h após o horário que eles supostamente saíram da festa (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2016 às 16h54.

A Polícia Civil do Rio confirmou, nesta quinta-feira (18), que os nadadores americanos que participaram da Rio 2016 não foram assaltados, mas se envolveram em uma confusão em um posto de gasolina, segundo o G1.

A informação foi inicialmente divulgada pela imprensa americana. De acordo com fontes do correspondente sênior da rede de TV americana ABC, Matt Gutman, a história foi inventada pelos quatro nadadores. Um vídeo - que ainda não foi divulgado pelas autoridades brasileiras - mostraria os atletas brigando com seguranças de um posto de gasolina na Barra da Tijuca, zona Oeste da cidade.

Segundo o relato do G1, a confusão se deu porque os nadadores, que estavam alcoolizados, danificaram a porta de um banheiro de um posto de gasolina, onde teriam parado na volta da festa. Com a demora da polícia em chegar, os seguranças do posto teriam apontado uma arma para que os atletas não deixassem o local. Eles pagaram pelo prejuízo.

De acordo com o jornal O Globo, o taxista que levou os atletas de volta à Vila Olímpica na noite de domingo está sendo ouvido por policiais da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo.

O dono do posto, que não quis se identificar, também falou ao jornal, acusando os nadadores de praticarem atos de vandalismo. "Pararam na lateral do posto, saíram mijando a lateral do posto todo. Tem até imagem da bunda de um, arriando a calça. Foram indicados a ir no banheiro, mas mijaram na lateral, na parede. Não obedeceram à placa, não foram ao banheiro."

Entrevista

Também nesta quinta, o nadador olímpico Ryan Lochte voltou a falar sobre o caso em uma entrevista na TV.

"Nós não inventaríamos isso", disse ele à emissora americana NBC. "Nós fomos vítimas e estamos felizes por estarmos seguros".

Em entrevista ao programa Today, no entanto, o atleta mudou alguns detalhes da versão que teria contado à polícia brasileira.

Inicialmente, ele havia dito que o táxi havia sido parado em uma falsa blitz, e que ele e os amigos foram retirados do carro, sob a mira de armas. Durante a entrevista, no entanto, ele afirmou que foi abordado em um posto de gasolina.

Ele também afirmou que não inventaria uma história como essa, e que as insinuações de que eles estariam tentando encobrir alguma coisa não fazem sentido.

O Caso

Impedidos de embarcar para os EUA na noite de quarta-feira (17), Gunnar Bentz, 20, e Jack Conger, 21, não prestaram depoimento no aeroporto. De acordo com a Folha de S.Paulo, orientados por funcionários do consulado americano e um advogado, eles optaram por permanecer em silêncio.

Ainda segundo o jornal, nesta quinta (18), a dupla vai se apresentar na Delegacia de Apoio ao Turista, responsável pelo caso. Mais cedo, uma medida judicial havia determinado a apreensão dos passaportes dos atletas envolvidos no caso. Lotche, no entanto, já estava de volta aos EUA.

De acordo com a versão incial dos atletas, eles foram assaltados na madrugada do domingo (14), quando voltavam de uma festa na Zona Sul do Rio. Eles teriam sido parados em uma falsa blitz por homens armados com pistolas, que roubaram suas carteiras. As credenciais e os celulares dos atletas não teriam sido levadas.

Os questionamentos das autoridades aumentaram quando o jornal britânico Daily Mail divulgou imagens dos atletas retornando ao alojamento perto das 7 horas da manhã de domingo, cerca de três horas após o horário que eles supostamente saíram da festa.

Ao jornal O Globo, o advogado de Lochte, Jeff Ostrow, afirmou que em nenhum momento foi solicitado que o atleta permanecesse no Brasil, e acusou a polícia brasileira de "fazer um circo", para "salvar sua pele".

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