Jair Bolsonaro: Durante solenidade de posse do novo comandante do Comando Militar do Sudeste, general Marco Antonio Amaro, presidente declarou que "política mudou" (Marcos Corrêa/PR/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de julho de 2019 às 18h39.
São Paulo — Em discurso feito em um evento de militares em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 3, que "a política mudou", rejeitou a necessidade de um "pacto assinado no papel" e cobrou que os poderes Executivo e Legislativo deem o "exemplo".
"Nós não precisamos de pacto assinado no papel. O pacto que nós precisamos, com o Poder Legislativo e com o Poder Executivo, é o nosso exemplo, de votarmos matérias, de apresentarmos proposições que fujam do populismo, que estimulem cada um que é responsável por receber aquilo que recebe pelo suor do seu rosto", disse o presidente.
A declaração foi dada um pouco mais de um mês depois de os três poderes da República - o Executivo, o Legislativo e o Judiciário - terem negociado um pacto que representou um compromisso das instituições com as reformas prometidas pelo governo.
Em uma crítica à classe política, o presidente afirmou que é preciso "sair do papel" e "sair do discurso fácil de político". "Temos que dar o exemplo, o Executivo e o Legislativo, e daremos exemplo, para o Brasil chegar ao local dos sonhos de todos nós", declarou.
Bolsonaro também disse que o povo brasileiro é mais importante do que qualquer instituição. "São vocês que conduzem nosso destino, e é a vocês, somente a vocês, que eu tenho lealdade absoluta, contem comigo, porque eu sei que conto com vocês", afirmou.
O evento desta quarta-feira marcou solenidade de posse do novo comandante do Comando Militar do Sudeste, general Marco Antonio Amaro, que assume no lugar do general Luiz Eduardo Ramos, que será o novo ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, substituindo o general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Bolsonaro elogiou Ramos, contou que são amigos há 46 anos e disse que espera contar com sua ajuda para "resgatar a credibilidade de nossas instituições".