Sessão: debate foi iniciado ontem e terminou durante a madrugada desta quinta-feira (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
EXAME Hoje
Publicado em 13 de julho de 2017 às 06h45.
Última atualização em 13 de julho de 2017 às 08h13.
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados inicia nova sessão às 9 horas desta quinta-feira para debater a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer. As falas de deputados federais iniciaram na quarta-feira, por volta das 11 horas, e passaram da 1 hora da manhã.
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Foram mais de 100 nomes na lista de inscritos. Na sessão de hoje, a fila continua a andar. Membros ou suplentes da CCJ têm 15 minutos e deputados sortidos, contra ou a favor, têm 10 minutos.
Para esta quinta-feira, haverá uma batalha pelo tempo. Os diversos oradores não abrirão mão de um minuto sequer do tempo a que têm direito. A base aliada, por sua vez, tenta votar a denúncia na CCJ até a noite. A maioria simples dos 66 votos define a disputa. Para garantir vitória, o governo fez 20 trocas na composição do colegiado e agora tem maioria. A estimativa é de 39 votos a favor do presidente Temer.
O cenário de hoje será muito parecido com o que foi a sessão de ontem. Deputados governistas fizeram de tudo para acelerar o processo. Na noite de ontem, passado das 22 horas, oposicionistas imploravam pelo encerramento após quase 12 horas de sessão. Governistas, contudo, para dar celeridade aos debates, tentaram evitar o encerramento. Perto da meia-noite, o presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), limitou a cinco o número de oradores pelo dia e convocou a sessão seguinte.
Em entrevista à Globonews, Pacheco afirmou que, caso o relatório do deputado Sergio Zveiter pedindo a aceitação da denúncia seja de fato derrubado pelo governo, um novo relator deve ser designado, retardando ainda mais os trabalhos. O governo continua tentando levar a votação a Plenário já na sexta-feira, dois dias úteis antes do recesso parlamentar.
O obstáculo passa por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da casa, que garantiu que não vai pautar a votação da denúncia sem quórum mínimo de 342 deputados. A oposição confirma que não comparecerá para votar e Temer não tem aliados o suficiente para abrir sessão. O pior pesadelo do presidente, o alongamento de uma agenda negativa contra ele, está formado para desgastá-lo.