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1. Pedro Novais – Turismo
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1/6 (Roberto Stucker/PR)
São Paulo – Pedro Novais, do Turismo, é o quinto ministro do governo Dilma a deixar o cargo. Após denúncias de irregularidades, apresentadas em duas reportagens da Folha de S. Paulo, sua situação no Planalto ficou insustentável, e ele pediu demissão nesta quarta-feira. Em uma das reportagens, Novais é acusado de pagar com dinheiro público o salário de sua governanta. Ele tentou contornar a situação e chegou a declarar que se tratava de uma secretária para assuntos oficiais. Outra notícia mostrava que a mulher do ministro usa regularmente um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular. Até o início da noite desta quarta-feira não havia a definição sobre o novo titular do Turismo.
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2. Antônio Palocci – Casa Civil
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2/6 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O nome de Palocci para a Casa Civil trouxe certa empolgação para o governo. Afinal, tratava-se de um nome forte para chefiar o principal ministério do governo Dilma, aquele que cuidaria dos programas que são a menina dos olhos da presidente, além de realizar as articulações políticas. Entretanto, denúncias publicadas pela imprensa apontaram a multiplicação do patrimônio de Palocci nos meses que antecederam a sua nomeação. O valor de seus bens cresceu 20 vezes em cinco anos. O político não resistiu à pressão das investigações e deixou o cargo em junho deste ano. A convite de Dilma, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) assumiu a pasta.
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3. Alfredo Nascimento – Transportes
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3/6 (Agência Brasil)
Alfredo Nascimento, ministro dos Transportes, protagonizou uma das principais crises do governo Dilma. A tensão começou depois de denúncias sobre um suposto esquema de superfaturamento em obras. O escândalo envolvia servidores públicos e a cúpula do ministério. Poucos dias depois da reportagem, publicada pela revista Veja, o jornal O Globo publicou nova denúncia, desta vez, envolvendo o filho do ministro. Segundo a revista, o arquiteto Gustavo Morais Pereira, de 27 anos, é suspeito de enriquecimento ilícito. O patrimônio de uma de suas empresas cresceu 86.500% em apenas dois anos. Investigações em curso buscam indícios de repasse de verbas do ministério para a empresa. Nascimento deixou a pasta em julho e foi substituído pelo economista Paulo Sérgio Passos, que era secretário executivo do ministério.
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4. Wagner Rossi – Agricultura
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4/6 (Agência Brasil)
No começo de agosto, quem dançou foi o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Este saiu levando consigo uma coleção de denúncias. Ele foi acusado por Oscar Jucá Neto, ex-funcionário da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de envolvimento em acertos ilegais entre o ministério e empresas. Reportagem da revista Veja revelou ainda que o lobista Júlio Fróes atuava em uma sala do prédio do ministério, intermediando negócios e licitações para defender os interesses de empresas nos contratos. Rossi também foi acusado de receber propina em uma licitação. Finalmente, uma reportagem do jornal Correio Braziliense afirmou que o ministro usou algumas vezes o jatinho de uma empresa privada. O deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS) substituiu Rossi uma semana depois de sua demissão.
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5. Nelson Jobim - Defesa
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5/6 (Antonio Cruz/ABr)
Nelson Jobim, da Defesa, pediu demissão de seu cargo em agosto. Ele foi o único que não saiu do governo por causa de denúncias de irregularidades. A atuação de Jobim já estava bastante desgastada, dada uma série de declarações polêmicas do ministro e reclamações sobre seus colegas e parlamentares. Um exemplo é a confissão de que ele havia votado em José Serra nas eleições presidenciais. Outro evento que tornou a situação de Jobim ainda mais desconfortável foi o de homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, durante seu discurso, Jobim citou o dramaturgo Nelson Rodrigues ao afirmar que, antigamente, “os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos”, enquanto hoje “eles perderam a modéstia e é preciso tolerá-los”. A fala foi interpretada pelo governo como um recado. Jobim foi substituído pelo ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Celso Amorim.
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6. Luís Sérgio e Ideli Salvatti trocam de cargos
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6/6 (Agência Brasil)
Além da saída de cinco ministros do governo Dilma, houve uma dança das cadeiras entre duas pastas: Relações Institucionais e Pesca. A mudança não teve a ver com denúncias, mas foi consequência da queda de Palocci, que era o grande articulador político. Diversos parlamentares criticaram a habilidade de Luiz Sérgio (PT-RJ) nas Relações Institucionais, afirmando que ele não tinha força política para lidar com os diálogos do governo com a base aliada e a oposição. Diante deste quadro, em junho, a presidente Dilma Rousseff optou por uma troca de cargos. Ideli Salvatti, (PT-SC), então ministra da Pesca, assumiu o cargo de Luiz Sérgio, que foi deslocado para a vaga de Ideli. Na foto, Luiz Sérgio aparece atrás de sua sucessora, Ideli Salvatti.