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A classe artística deve ficar feliz, diz Bolsonaro sobre Alvim na Cultura

Além do tom irônico sobre a indicação, presidente sinalizou que mudanças podem ser realizadas na Funarte e na Ancine

Bolsonaro: presidente disse que novo secretário da cultura terá total liberdade para compor sua equipe (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Bolsonaro: presidente disse que novo secretário da cultura terá total liberdade para compor sua equipe (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 19h29.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o diretor Roberto Alvim, nomeado secretário especial da Cultura, ganhará "porteira fechada", expressão usada quando o gestor tem total liberdade para compor sua equipe e uma forma de dizer que ele chega ao cargo com prestígio.

Questionado sobre a mudança na pasta, ele afirmou: "Está na mão de um tal de Roberto Alvim. Porteira fechada para ele", disse, para mais tarde completar: "A classe artística deve ficar feliz. Lei Rouanet, vem muita coisa boa por aí."

No fim de setembro, Alvim atacou a atriz Fernanda Montenegro. Numa postagem no Facebook, chamou a atriz de "intocável" e "mentirosa", provocando reação da classe artística.

Além do tom irônico ao afirmar que artistas poderiam ficar satisfeitos com a indicação de Alvim, o presidente sinalizou que mudanças seriam realizadas na Fundação Nacional de Artes (Funarte) e Agência Nacional do Cinema (Ancine).

Alvim foi nomeado nesta quinta para o cargo que era ocupado pelo economista Ricardo Braga, que foi remanejado para uma secretaria do Ministério da Educação. Em poucos meses, este é o terceiro nome no comando da secretaria da Cultura, que, também nesta quinta, foi transferida do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo.

A crise na área se aprofundou em agosto, com a saída de Henrique Pires do comando da secretaria. Na época, Pires atribuiu sua saída à suspensão do edital que seleciona obras sobre a temática LBGT para serem exibidas em TVs públicas.

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