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Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 11h51.
São Paulo - Preso preventivamente desde maio, o pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (ADUD), Marcos Pereira - acusado de estupro, envolvimento com o tráfico, lavagem de dinheiro e participação em homicídio - mantém o discurso de que foi vítima de uma conspiração. Ele disse ainda não estar preocupado com a possibilidade de passar 10 anos preso.
"Eu não me sinto preso, eu me sinto um homem que está fazendo a vontade de Deus. A cadeia não tem como me segurar. Isso não está me preocupando", disse ao jornal SBT Brasil. A entrevista foi exibida na noite desta segunda-feira.
O pastor falou de dentro do presídio do complexo de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, onde está encarcerado desde o dia 7 de maio.
Em relação às acusações de ter estuprado seis mulheres que frequentavam sua igreja, mais uma vez, o pastor negou. Seu advogado, também entrevistado pela reportagem, afirmou que as vítimas prestaram depoimento "coagidas", mas sem especificar quem as teria coagido.
Ele negou também as acusações feitas por José Júnior, coordenador da ONG AfroReggae, de ter ordenado, de dentro da prisão, ataques à sede da organização. "José Júnior me acusa desde 2012, sem prova e sem conteúdo", disse.
Com fama de apaziguador nos violentos morros cariocas, Pereira tinha trânsito entre alguns políticos antes das acusações surgirem. Em maio, o deputado federal e também pastor Marco Feliciano criticou o trabalho da imprensa na cobertura da prisão do líder religioso.