Hospital São Luiz: uma das referências na rede particular de São Paulo (Germano Lüders/Exame)
Raphael Martins
Publicado em 19 de maio de 2016 às 07h00.
Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 14h36.
São Paulo – Enquanto o Conselho Federal de Medicina divulgou ontem (18) estudo que atesta o fechamento de 24 mil leitos de internação no SUS, o novo ministro da Saúde — cujo principal doador de campanha é um empresário do ramo — faz declarações no sentido de reduzir o tamanho do sistema no Brasil. Sem mencionar a epidemia de zika, que causou explosão nas ocorrência de bebês com microcefalia entre o ano passado e este.
O que se conclui de tal cenário é que a situação da Saúde no Brasil é alarmante. Sim, mas podia ser pior.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou, nesta quinta-feira (18), o World Health Statistics 2016, última edição de seu estudo global de 37 índices de medição e comparação do setor de saúde em 195 países. Por mais crítica que esteja, a estrutura brasileira dá show comparada a essa gama de países.
No estudo, há dados desde expectativa de vida ao nascer até taxas de homicídio nas nações, passando por quantidade de fumantes acima dos 15 anos e densidade de médicos qualificados por área. Entre as categorias encontra-se inclusive algumas esdrúxulas, como a marcante "Proporção de mulheres casadas ou em união em idade reprodutiva que têm a sua necessidade de planejamento familiar satisfeito com métodos modernos entre 2005-2015".
O sistema de saúde brasileiro está no patamar médio. Na maior parte dos indicadores, o Brasil pontua quase que exatamente na metade da tabela. Considerando que trata-se da 9ª maior economia do mundo — recentemente rebaixada do 7º posto por conta da crise econômica —, o resultado é bastante modesto.
Nossos destaques, por assim dizer, ficaram para "Dependência de energia limpa e renovável", com o 4º lugar, e "Taxa de mortalidade por homicídio", 12º no mundo.
Veja abaixo alguns números do Brasil e onde ele se situa no ranking. Foram usados nos gráficos os três primeiros de cada categoria, os três últimos, além do 20º, 45º, 90º e 120º, com objetivo de distribuir melhor os dados em cada região do ranking.