que assistimos aqui foi a mais profunda e desoladora derrota do espírito", declarou Barroso (João Risi / Audiovisual/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 8 de janeiro de 2024 às 15h28.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira que os participantes dos atos golpistas do 8 de janeiro são "falsos patriotas" e "falsos religiosos". Barroso participou da abertura de uma exposição no STF dedicada à memória da reação aos atos.
"Falsos patriotas que não respeitam os símbolos da Pátria. Falsos religiosos que não cultivam o bem, a paz e o amor. Desmoralizaram Deus e a bandeira nacional. O que assistimos aqui foi a mais profunda e desoladora derrota do espírito", declarou Barroso.
Ainda na tarde desta segunda, Barroso irá ao Congresso participar de outro evento alusivo ao primeiro aniversário do 8 de janeiro. Também irão participar da cerimônia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), governadores e outras autoridades.
A exposição do STF, batizada de "Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia", ficará aberta ao público na terça-feira, entre 13h e 19h. Como o GLOBO mostrou, o STF teve o maior dano entre as sedes dos três Poderes com a destruição causada pelos atos golpistas. O tribunal estimou prejuízo de R$ 8,6 milhões entre 951 itens furtados, quebrados ou completamente destruídos. Também foram gastos R$ 3,4 milhões com a reconstrução do plenário, totalizando perda de R$ 12 milhões.
A ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber afirmou nesta segunda-feira que o 8 de janeiro foi um episódio "ultrajante" que foi "insuflado pelo ódio".
Rosa Weber, que se aposentou em setembro, voltou à Corte para participar da cerimônia de abertura de uma exposição sobre o 8 de janeiro. Ela discursou no plenário após o atual presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, fazer um discurso de abertura da exposição.
Um anos após os aros golpistas, a ex-presidente do STF afirmou ao GLOBO que a data marcou a "resistência da democracia" contra uma "investida espúria, autoritária e obscurantista". Rosa Weber teve posição de destaque na reação às invasões às sedes dos Três Poderes A magistrada atuou para unificar os esforços das autoridades e viabilizar a recuperação do prédio da Corte