Remédios: secretário classificou número como um "recorde positivo" (Philippe Huguen/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 13h49.
Última atualização em 5 de janeiro de 2017 às 13h50.
São Paulo - O secretário da Saúde de São Paulo, David Uip, reconheceu nesta quinta-feira, 5, casos de falta de medicamento em farmácias públicas do Estado, mas frisou que o porcentual de remédios não disponíveis na rede é de apenas 7%, o que classificou como um "recorde positivo".
"Gostaria que não faltasse nada, mas é o que é possível", afirmou o secretário, atribuindo a falta de remédios a problemas que vão de falhas de licitação a atrasos na entrega e indisponibilidade do produto.
Questionado sobre a falta de medicamentos de alto custo na farmácia Várzea do Carmo, que atende a cerca de 50 mil pacientes por mês no centro da capital paulista, Uip garantiu que os três itens em falta no local serão entregues até sexta-feira.
Após o registro de duas mortes por febre amarela no interior paulista - a primeira em São José do Rio Preto e a segunda, na semana passada, em Ribeirão Preto -, Uip informou ainda que esquemas de vacinação contra o vírus estão sendo ampliados em áreas mais vulneráveis, ao mesmo tempo em que análises buscam identificar quais são os transmissores da doença.
"Obviamente, isso está nos preocupando muito. A região norte do Estado é uma das regiões mais vacinadas. Praticamente 70% da população está vacinada. Hoje, sabemos que a vacina contra febre amarela tem durabilidade superior a 30 anos", afirmou Uip, após participar de um encontro com prefeitos de 71 municípios do Estado, onde foi apresentado a eles um programa que prevê investimentos de R$ 826 milhões na saúde pública de cidades paulistas.
Antes do secretário, em curto pronunciamento no qual não abriu espaço a perguntas da imprensa, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, informou que as ocorrências de dengue caíram em 77% no Estado durante o ano passado, com redução de 80% no número de mortes pela doença.
O governador atribuiu o resultado aos mutirões de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus - além da febre amarela.
O trabalho, disse Alckmin, é feito por 25 mil agentes contratados pelas prefeituras e por outros 5 mil que recebem, cada um, R$ 120,00 do governo estadual no mutirão extra realizado aos sábados.