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55% dos brasileiros não confiam em Bolsonaro, diz pesquisa CNI/Ibope

A desaprovação da forma de governar do presidente atinge metade da população e supera a aprovação já fora da margem de erro

Jair Bolsonaro: 37% esperam que o resto do seu mandato seja bom/ótimo (Carolina Antunes/PR/Flickr)

Jair Bolsonaro: 37% esperam que o resto do seu mandato seja bom/ótimo (Carolina Antunes/PR/Flickr)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 25 de setembro de 2019 às 16h08.

Última atualização em 25 de setembro de 2019 às 17h20.

São Paulo - 55% dos brasileiros não confiam no presidente Jair Bolsonaro, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira (25).

A taxa, que era de 45% em abril, foi para 51% em junho e agora atinge 55%. Já a porcentagem dos brasileiros que confiam no presidente foi de 51% para 46% entre abril e junho e agora está em 42%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. Foram ouvidas 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 19 e 22 de setembro. O levantamento anterior foi feito entre 20 e 26 de junho.

A avaliação de que o governo é bom/ótimo era de 35% em abril, caiu para 32% em junho e agora está em 31%. Já a avaliação de ruim/péssimo foi de 27% em abril para 32% em junho e 34% atualmente.

Metade da população brasileira desaprova a forma de Bolsonaro governar, uma taxa que era de 40% em abril, foi para 48% em junho e agora atinge 50%.

Enquanto isso, a porcentagem dos que aprovam sua condução foi de 51% em abril para 46% em junho e agora está em 44%. A desaprovação já supera a aprovação, portanto, fora da margem de erro.

 

Região e educação

A popularidade varia de acordo com a região. 47% dos nordestinos avaliam o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo e apenas 20% consideram ótimo ou bom.

Na comparação com junho, os residentes da região Sul apresentam a maior variação na avaliação: a taxa de ótimo/bom foi de 52% para 35% no período enquanto taxa de ruim/péssimo foi de 18% para 28%.

A popularidade do presidente também caiu no Sudeste, onde está atualmente em 32%, mas aumentou no Norte e Centro-Oeste, onde está em 39%.

Os jovens entre 16 e 24 anos são o grupo para o qual a aprovação do governo apresentou maior queda entre junho e setembro: o percentual de avaliação ótimo/bom foi de 32% para 24%.

Entre aqueles com idade entre 45 e 54 anos, a queda foi de 34% para 29% no período. Nas outras faixas, a variação ficou dentro da margem de erro.

37% daqueles com ensino superior consideram o governo bom/ótimo, taxa que cai para 30% entre aqueles com até a quarta série do ensino fundamental.

Expectativa e áreas

A pesquisa mostra que a expectativa da população para o futuro do governo Bolsonaro caiu, mas dentro da margem de erro.

37% esperam que o resto do mandato seja bom/ótimo enquanto 31% esperam que seja ruim/péssimo, com 27% esperando um resto de mandato regular.

A queda foi puxada pelas mulheres. Para elas, a perspectiva de o restante do governo ser ótimo ou bom caiu de 34% para 30% entre junho e setembro, enquanto entre os homens permaneceu em 44%.

As áreas mais bem avaliadas do governo são, na ordem, Segurança pública (51%), Educação (44%), Combate à inflação (42%) e Meio ambiente (40%).

As ações e políticas do atual governo com maiores taxas de reprovação são, na ordem, Impostos (62%), Taxa de juros (61%), Combate ao desemprego (59%) e Saúde (58%).

A desaprovação subiu em áreas como meio ambiente, de 45% para 55% entre junho e setembro, e combate à fome e à pobreza, que foi de 51% para 57% no período.

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