Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participa da aula inaugural do módulo de acolhimento e avaliação dos profissionais cubanos para a segunda etapa do Programa Mais Médicos (Marcello Casal/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 20h15.
Brasília - No ano em que o governo criou o Mais Médicos e liberou profissionais do programa de revalidar seus diplomas no Brasil, o Revalida registrou o pior índice de aprovação no exame. Dos 1.851 inscritos no Revalida em 2013, 109 foram aprovados, o que representa 5,9%.
O porcentual cai desde a criação do exame, em 2011. Naquele ano, o índice de aprovação foi de 9,6%, resultado de 65 aprovados dos 677 inscritos. Em 2012, 77 médicos foram aprovados dentre os 922 que fizeram a inscrição, um índice de 8,3%.
Dos 111 médicos que fizeram a segunda etapa do exame neste ano, só dois foram reprovados. Entre os aprovados, 50 são brasileiros, 22 são bolivianos e seis são colombianos. Se comparadas as origens dos diplomas, o recorde é da Bolívia, com 33 aprovados. Em seguida estão Cuba e Paraguai, com 14 cada. O resultado foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O índice de aprovação para a segunda fase do programa também indicou o pior resultado desde a criação do Revalida, em 2011. Neste ano, em 2013, apenas 9,7% dos candidatos do Revalida foram aprovados para a segunda fase. No primeiro ano do Revalida, passaram 14% dos inscritos para a segunda etapa. Em 2012, a taxa de aprovação na primeira fase foi de 12,5%.
O Revalida, feito por médicos estrangeiros interessados em trabalhar no Brasil e por brasileiros que tenham obtido o diploma no exterior, é aplicado anualmente desde 2011. Os profissionais estrangeiros recrutados no exterior para trabalhar no programa Mais Médicos, entretanto, não precisam fazer o Revalida. A facilidade foi criticada por entidades médicas desde que a ideia do programa foi apresentada.