Brasil

44% dos eleitores de Lula votam em Boulos e Nunes tem o apoio de 39% entre quem votou em Bolsonaro

Apoio dos protagonistas das eleições de 2022 não será capaz de transferir nem metade dos votos aos candidatos apoiados

Boulos e Nunes disputam a prefeitura de São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

Boulos e Nunes disputam a prefeitura de São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 1 de junho de 2024 às 15h51.

De acordo com nova pesquisa do instituto Datafolha, 44% dos eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem votar no deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições para a Prefeitura de São Paulo. Já o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), deve atrair 39% dos paulistanos que votaram nele em 2022.

O levantamento indica que, seja de Lula a Boulos, seja de Bolsonaro a Nunes, o apoio dos protagonistas das eleições de 2022 não será capaz de transferir nem metade dos votos dos seus eleitores aos candidatos apoiados. O Datafolha ouviu 1.092 pessoas entre os dias 27 e 28 de maio. A pesquisa tem uma margem de erro de três pontos percentuais para mais e para menos e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-08145/2024.

Entre os que disseram que votaram em Lula em 2022, 17% responderam que pretendem votar em Nunes. Outros 9% afirmaram que preferem a deputada federal Tabata Amaral (PSB) e 7% optam pelo apresentador de televisão José Luiz Datena (PSDB).

O segundo candidato mais escolhido pelos paulistanos que votaram em Bolsonaro é o coach Pablo Marçal (PRTB), com 14% das intenções de voto entre eleitores bolsonaristas. Em seguida, aparecem o deputado federal Kim Kataguiri (União) e Datena, empatados com 8%.

O Datafolha também questionou a intenção de voto dos paulistanos que votaram no governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e no ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nas eleições de 2022. Ricardo Nunes é o favorito entre os eleitores de Tarcísio (37%), enquanto Boulos foi o mais citado entre os que escolheram Haddad (47%). Ainda assim, a transferência de votos é de menos da metade.

Bolsonaro tem maior rejeição que Lula entre os paulistanos

Além da preferência entre eleitores, Lula se sai melhor do que Bolsonaro na rejeição entre os paulistanos. Segundo o Datafolha, 23% vão votar com certeza no candidato apoiado pelo petista, 28% talvez votariam e 45% não votariam de jeito nenhum.

Ao mesmo tempo, 18% dos paulistanos dizem que votariam com certeza no candidato apoiado pelo ex-presidente. Outros 18% talvez votariam e 61% não fariam isso de jeito nenhum. A rejeição é 16 pontos percentuais maior para Bolsonaro do que para Lula.

Comparado com a pesquisa anterior do Datafolha, feita em março, o número de eleitores que votariam com certeza no candidato de Lula oscilou para baixo em um ponto percentual. A rejeição, por sua vez, subiu três pontos percentuais, valor que está dentro da margem de erro.

O percentual de votos convictos para o candidato bolsonarista oscilou um ponto percentual para cima. Já a rejeição diminuiu em dois pontos percentuais para baixo, valor que também está na margem de erro do levantamento.

Boulos e Nunes estão tecnicamente empatados na disputa pela Prefeitura

No levantamento geral de intenção de voto, Boulos e Nunes estão tecnicamente empatados na disputa, com 24% e 23% das intenções de voto, respectivamente. Datena e Tabata foram escolhidos por 8% dos paulistanos. Em seguida, aparecem Pablo Marçal com 7%, Kim Kataguiri com 4% e Marina Helena (Novo) com 4%.

Os candidatos João Pimenta (PCO), Ricardo Senese (UP), Fernando Fantauzzi (DC) e Altino Prazeres Jr. (PSTU) pontuam, todos, 1%.

Acompanhe tudo sobre:Prefeiturassao-pauloGuilherme BoulosRicardo Nunes

Mais de Brasil

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022

Justiça absolve Samarco, Vale e BHP pelo rompimento de Barragem em Mariana