Estádio do Engenhão sendo preparado para a Olimpíada (REUTERS/Pedro Fonseca)
Talita Abrantes
Publicado em 4 de agosto de 2016 às 17h50.
São Paulo – Depois de uma safra de edições opulentas das Olimpíadas, a Rio-2016 deve retomar o padrão de orçamentos mais enxutos, segundo dados oficiais compilados em estudo da Universidade de Oxford.
A conta dos Jogos que começam nesta sexta-feira ainda não foi fechada, mas dados preliminares revelam que os gastos diretos com a realização do megaevento no Brasil são da ordem dos 4,5 bilhões de dólares. Para se ter uma ideia, a Olimpíada de Londres, em 2012, custou o triplo disso.
Nesse cálculo estão incluídas apenas as despesas relacionadas diretamente com os Jogos, como gastos operacionais e obras esportivas dedicadas ao evento. Ou seja, custos das obras de legado não entram nesta conta. Os valores foram convertidos para a cotação do dólar no final de 2015. A inflação não foi levada em conta.
Com custos de 15 bilhões de dólares, a Olimpíada de Londres de 2012 está no topo das edições mais caras dos Jogos dos últimos 56 anos seguida pela Olimpíada de Barcelona de 1992, na Espanha.
Entre as 15 edições analisadas, o orçamento final médio para realizar o megaevento é de 5,2 milhões de dólares. Por enquanto, a Rio-2016 está abaixo desse valor, mas já superou em 51% a projeção inicial de gastos – algo comum em todos os Jogos passados.
Em média, o orçamento final do evento é 176% superior ao valor projetado inicialmente pela cidade-sede. Pequim 2008, na China, foi a única exceção, pelo menos, segundo dados oficiais. Por lá, o custo do evento ficou apenas 2% acima do previsto.
Os dados finais da Olimpíada do Rio devem ser apresentados apenas no final de agosto. Por enquanto, todas as despesas – incluindo as indiretas – são da ordem dos 39 bilhões de reais.