Lula: a assessoria de imprensa de Lula informou que ele não vai mais viajar (Leonardo Benassatto/Reuters)
Reuters
Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 21h33.
Última atualização em 25 de janeiro de 2018 às 21h39.
Brasília - A Justiça Federal do Distrito Federal determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira e proibiu a saída dele do país, um dia após o petista ter sua condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e na véspera de uma viagem internacional para a África, informaram o Ministério da Justiça e outra fonte com conhecimento do assunto.
A decisão, tomada no início da noite, se deu numa investigação conduzida pelo Ministério Público Federal em Brasília que investiga o petista por tráfico de influência no processo de compra de caças suecos.
O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, telefonou para o ministro da Justiça, Torquato Jardim, para informar da decisão, segundo a assessoria do ministério.
Torquato recomendou a Segóvia que Lula fosse avisado em casa do cumprimento do mandado de apreensão do documento a fim de evitar "constrangimentos", de acordo com nota do ministério.
Apesar do vazamento da decisão judicial, o ministro da Justiça quer evitar "estardalhaço" com a operação, disse uma fonte próxima a ele.
O petista já tinha avisado, antes mesmo do julgamento do TRF sobre o tríplex do Guarujá (SP), que participaria de um evento neste fim de semana em Adis Abeba, na Etiópia, referente ao fundo das Nações Unidas de Combate à Fome, FAO.
Um dia após a condenação pelo tribunal, Lula disse que não aceitará a decisão da Justiça e que insistirá na candidatura a presidente. O ex-presidente corre o risco de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ter sua candidatura rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Procurada, a assessoria de imprensa de Lula informou que ele não vai mais viajar.