JOSÉ DIRCEU: O ex-ministro José Dirceu, que está preso desde agosto de 2015 pela Operação Lava Jato / Vagner Rosário / VEJA.com
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2016 às 17h52.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h01.
Dirceu perdoado
Relator das execuções penais do mensalão, o ministro Roberto Barroso concedeu perdão da pena imposta ao ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu no escândalo de corrupção. O petista foi condenado a 7 anos e 11 meses de prisão e cumpria pena desde novembro de 2013. O processo é resultado de um pedido da defesa de Dirceu e seguiu parecer favorável do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelos critérios do indulto natalino. Podem ser beneficiados pelo indulto condenados que estejam em regime aberto, cujas penas remanescentes não sejam superiores a oito anos, se não reincidentes, e seis anos, se reincidentes, desde que tenham cumprido um quarto da pena. Dirceu segue preso pelo envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
—
Boato do Lula preso
Um grupo de manifestantes fez uma vigília até a casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, na madrugada desta segunda. As 80 pessoas montaram guarda em São Bernardo do Campo em virtude de um boato de que o petista poderia ser preso pela Operação Lava-Jato. A informação foi divulgada nas redes sociais e blogs de mídia alternativa, mas não se concretizou.
—
Marina indecisa
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a líder da Rede Sustentabilidade não crava que será candidata à presidência em 2018. “Ainda não sei se serei candidata. Dei minha contribuição em 2010 e 2014 e minha presença ajudou a produzir dois segundos turnos”, disse. Marina comentou ainda a saída de militantes insatisfeitos com a condução e desempenho do partido até as eleições deste ano. Afirmou ainda que é difícil lidar com a Rede porque ela não se submete à “lógica da polarização”. “É generoso deixar por escrito a razão da saída, e não poderia ser diferente, sobretudo partindo de pessoas tão respeitáveis”.
—
Bomba!
Deputados e assessores foram evacuados do Salão Verde da Câmara nesta segunda por uma ameaça de bomba. Uma ligação anônima de São Paulo denunciou a presença do artefato. Após varredura da Polícia Legislativa no prédio, nada foi encontrado e seguiram os trabalhos. De acordo com as autoridades, esse tipo de ligação é comum.
—
De olho na cadeira
O centrão já deu pontapé inicial às negociações para sucessão de Rodrigo Maia na presidência da Câmara. Os partidos que emplacaram o segundo lugar na disputa deste ano, com Rogério Rosso (PSD-DF), pretendem colocá-lo na cadeira em 2017. A alternativa é Jovair Arantes (PTB-GO). Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o grupo trabalha para convencer o PMDB a embarcar no projeto, com o argumento de que evitariam um presidente da antiga oposição (PSDB ou DEM) que pode trabalhar contra uma candidatura peemedebista ao Planalto em 2018.
—
Três anos parado?
Segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Justiça brasileira precisaria de três anos parada para eliminar a fila de processos pendentes de decisão no país. O relatório “Justiça em Números” mostra que, no fim de 2015, havia 74 milhões de processos em aberto. De 2009 para cá, o aumento de petições em tramitação aumentou 19,4%.
—
Laranjada
Em mais um relatório sobre indícios de irregularidade nas doações de campanha de 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) revelou 75 milhões de reais doados por pessoas físicas que estão no quadro de beneficiários do programa social Bolsa Família. Em outro caso, uma empresa, cujo sócio também configura na lista, prestou serviços no valor de 3,57 milhões de reais. Estão sob suspeita 1,41 bilhão de reais, mais da metade do que foi arrecadado por candidatos e partidos (2,2 bilhões de reais).
—
Novo secretário
Foi empossado nesta segunda-feira o novo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá. “Vamos nos orientar por princípios que não são novos. Todas as ações irão convergir para a preservação da vida e a redução da letalidade violenta”, afirmou em discurso. Com dívida de 1 bilhão de reais na pasta, as UPPs, marca da gestão do antecessor, José Mariano Beltrame, sofrerão ajustes por questões financeiras. Sá também afirmou que sua gestão será focada na apreensão de armas e explosivos.
—
Eleições cariocas
Ainda no Rio, o presidente do PSDB no Estado, Otávio Leite, declarou “apoio pessoal” a Marcelo Crivella à prefeitura da capital. O partido não chegou a consenso entre Marcelo Freixo, Crivella ou nenhum dos dois. “Eu, deputado federal e presidente do partido, tenho a plena convicção de que o senador Crivella é a melhor opção para a cidade. É um apoio pessoal, mas posso assegurar que a infinita maioria do partido também tem essa convicção”, disse Leite. Carlos Osório, que encabeçou a chapa do partido, não se manifestou.
—
Merenda paulista
Em São Paulo, o PSDB segue lidando com a crise da merenda escolar. Em reportagem desta segunda, o jornal Folha de S. Paulo traz declarações do delator Marcel Ferreira Julio, lobista da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), alegando que pagou ex-assessores do presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB), dentro ou nas imediações da sede do Legislativo estadual. Segundo o delator, a Coaf pagava propina a políticos para vencer contratos com prefeituras de São Paulo para fornecimento de suco de laranja para a merenda escolar. Julio diz que parte dessas propinas financiaram a campanha de Capez ao cargo de deputado estadual em 2014. O deputado e assessores negam.