São Paulo - No ano passado, mais de 300 mil roubos (quando há ameaça de violência) e furtos (sem a vítima tomar conhecimento na hora do crime) foram registrados em todas as 93 delegacias regionais da cidade de
São Paulo. Nos últimos dez anos, as ocorrências aumentaram cerca de 17,5% quando se leva em consideração a taxa de ocorrência por 100 mil habitantes. O movimento é contrário à queda de 85% na taxa de homicídios no mesmo período. Os dados são da
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Segundo o especialista em segurança pública, coronel José Vicente Filho, os chamados “
crimes contra o patrimônio” são mais difíceis de serem contidos e solucionados. “O criminoso dificilmente conhece a vítima, ele comete o crime com certa frequência e, além disso, no
Brasil esse tipo de crime acaba sendo dividido entra as instituições civil e militar, que nem sempre se entendem muito bem”, explica. Ele afirma que o gerenciamento da segurança pública, e não uma suposta falta de recursos, é responsável pelos números altos na questão de furtos e roubos em São Paulo. Na região da Sé, por exemplo, foram registradas mais de 15 mil ocorrências em 2012, ou seja, 41 pessoas por dia sofreram com furtos ou roubos no ano passado. Essas regiões acabam sendo menos atrativas como opções de lazer e comércio, segundo o coronel. “Quando a gente reduz a violência nessas áreas, vemos também que os imóveis começam a ficar mais valiosos, os negócios recebem mais investimentos, o mercadinho vira um supermercado e há novas modalidades de atendimento de serviços”. Por enquanto, algumas regiões de São Paulo sofrem mais com os problemas de gerenciamento em segurança pública. As ocorrências de cada distrito incluem roubos e furtos a residências, mas não de veículos, e contabiliza a perda de qualquer item levado por criminosos. Clique nas fotos e confira em quais distritos paulistanos o pequeno crime domina.