São Paulo – O presidente do
Senado Renan Calheiros (PMDB) protagonizou uma cena inusitada ao recorrer aos versos da funkeira Valesca Popozuda para defender o corte de gastos no governo. “Tiro, porrada e bomba, como diz versos da música contemporânea, não reerguem nações, espalham ruínas e só ampliam escombros. Não seremos sabotadores da Nação”, disse o senador. Essa não é a primeira vez que políticos usam versos de músicas para explicitar suas opiniões. No mês passado, em meio à crise política que chegou ao Planalto, a presidente
Dilma Rousseff citou uma canção do Lenine para dizer que “enverga, mas não quebra”. Em outros casos, canções serviram para batizar fases de investigações (como na
Operação Lava Jato) ou para reforçar pedidos de condenação. E se a música está tão próxima do universo político, por que não interpretá-las? O presidente da
Câmara Eduardo Cunha (PMDB), o prefeito
Fernando Haddad (PT) e o ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux são algumas figuras que já exibiram por aí seus dons musicais.
Sobe o som Navegue pelas imagens e relembre esses e outros momentos em que músicas serviram de inspiração no cenário político. Abaixo, veja uma playlist criada por
Exame.com no
Spotify com todas as canções que aparecem na reportagem.
A exceção é “Um homem na estrada”, que não consta na base do serviço de streaming de músicas. Interpretada pelo ex-senador Eduardo Suplicy (PT) durante uma votação no Senado, a canção foi substituída por "Vida Loka", também do grupo de rap paulista Racionais MC’s — que tem o senador como um de seus fãs.