Certamente o mais delicado dos assuntos, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff vem se desenrolando desde março de 2015, apenas três meses depois que a petista assumiu o segundo mandato e mês em que houve a maior das manifestações populares pedindo sua destituição do posto. A aceitação do pedido, no entanto, só veio em dezembro, deflagrado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Como os trâmites levam algum tempo, por depender de votações diversas no Legislativo, é em 2016 que o impasse deve se resolver.
Além da abertura do processo, ainda em 2015 foi formada a Comissão Especial que votaria a admissibilidade do pedido na Câmara. Foi realizada eleição entre duas chapas, uma de viés mais alinhado ao Planalto, indicada por líderes partidários, e outra claramente de oposição e independente, para definir os 65 responsáveis por levar o processo adiante.Em votação secreta, foram escolhidos por maioria os oposicionistas. Mas uma ação protocolada pelo PCdoB no STF terminou por travar o processo. Ministros consideraram que a forma de eleição, com chapa avulsa às lideranças de partidos e votação secreta, fere preceitos constitucionais.
A eleição para a Comissão precisará ser refeita. O processo será retomado a partir de fevereiro.