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SuperAgro: Mauro Mendes afirma que queimadas são resultado de "ações humanas irresponsáveis"

Governador do Mato Grosso aponta ações humanas e mudanças climáticas como principais causas de incêndios e seca no estado

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 17h28.

Última atualização em 4 de setembro de 2024 às 17h56.

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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, disse nesta quarta-feira, 4, que os desafios enfrentados pelo estado, que está lidando com uma das piores secas das últimas décadas, são complexos e que as queimadas são resultado de "ações humanas irresponsáveis".

A declaração de Mendes ocorreu na 4ª edição do EXAME SuperAgro, evento promovido pela revista EXAME, que se consolidou como um dos principais fóruns sobre agronegócio do país.

"Existe o problema de clima, mas também existem as ações humanas que aumentam o nosso desafio como governo", destacou Mendes.

O governador reconheceu que o investimento prévio de R$ 70 milhões para combater incêndios e desmatamento ilegal no estado é insuficiente para enfrentar o problema em sua totalidade.

Mendes também destacou a importância dos sistemas de monitoramento para combater as queimadas, mas enfatizou que as mudanças climáticas são reais e trazem desafios adicionais.

O governador afirmou que o Brasil precisa investir mais em irrigação, variabilidade de preços e aumento da produtividade agrícola para lidar com os impactos climáticos.

Em agosto de 2024, o Brasil registrou 68.635 focos de queimadas, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Mato Grosso liderou a lista com 14.617 focos, representando 21,3% do total nacional, seis vezes maior do que os 2.626 focos contabilizados no estado no ano passado.

Seguro agrícola e infraestrutura

Outro ponto crítico abordado por Mendes foi a necessidade de um programa nacional de seguro agrícola.

"O seguro agrícola ainda é um recurso incipiente no país, justamente por ser caro, já que há baixa adesão", afirmou ele.

O governador defende que o seguro seja tratado como política de Estado, com subsídios governamentais para expandir o acesso, especialmente em tempos de mudanças climáticas e incertezas.

Além disso, Mendes criticou a ineficiência na infraestrutura, citando a BR-163 como exemplo de entraves políticos que impedem ações simples e necessárias.

Ele propõe a compra de concessões privadas como solução para melhorar a infraestrutura e impulsionar o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade do setor agrícola.

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