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Cláudio Guenther, presidente da Stihl: faturamento de R$ 1,2 bilhão de janeiro a abril (Glauco Arnt/Divulgação)
Carla Aranha
Publicado em 3 de maio de 2022 às 11h11.
Última atualização em 3 de maio de 2022 às 12h02.
A Stihl, multinacional de origem alemã dedicada ao setor de maquinário para jardinagem e agropecuária, fechou os primeiros quatro meses do ano com um faturamento de R$ 1,2 bilhão, 17% mais do que no mesmo período do ano passado, conforme informações antecipadas à EXAME. “Era um sonho passar a barreira de R$ 1 bilhão de receita”, diz Cláudio Guenther, presidente da empresa no Brasil. “Tínhamos a meta de duplicar o resultado da companhia em cinco anos e conseguimos cumprir essa meta em três ano e meio”.
Considerada líder no mercado brasileiro de ferramentas motorizadas, a empresa investiu cerca de R$ 514 milhões no ano passado em melhorias em sua planta, localizada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. No final de 2021, foi inaugurada uma nova unidade para a fabricação de motores — o projeto foi concretizado mediante aportes de R$ 68 milhões, com o objetivo de expandir a capacidade de produção. De acordo com a empresa, deverão ser produzidas 1,5 milhão de motores a mais por ano.
“As inovações e o aumento do faturamento obtidos no Brasil vêm nos tornando referência para a matriz, na Alemanha, tanto em termos de novas tecnologias e sistemas como vendas e logística”, diz Guenther.
Em 2021, a Stihl registrou um faturamento de quase R$ 3 bilhões, 24% mais do que em 2020 — e a capacidade produtiva aumentou 32%. Para 2022, as expectativas são igualmente favoráveis. O aumento das vendas é atribuído a uma série de fatores, que vão de mudanças de hábitos de consumo devido à pandemia, com mais gente se dedicando a cuidados com o jardim e ao “faça você mesmo”, a investimentos nos pontos de venda (são mais de 4,6 mil, em todas as regiões do país) e ao incremento da capacidade produtiva.
O aprimoramento da logística representa outro papel importante nesse cenário. A empresa prepara a inauguração, em setembro, de um centro de distribuição em Benevides, no Pará, para otimizar custos de entrega nas regiões Norte e Nordeste. A nova unidade irá se somar aos centros de distribuição de Jundiaí, aberto em 2020, e São Leopoldo. Os planos para 2023 também seguem em ritmo avançado. A intenção é passar a desenvolver produtos, como cilindros e máquinas, com maior autonomia. “Vamos passar de suporte para a matriz para sermos um centro de competência”, afirma Guenther.
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