Trabalhadores portuários de todo o Brasil entraram em greve por 12 horas nesta terça-feira, 22, em protesto contra as mudanças na Lei dos Portos (Lei 12.815/2013), como a extinção do adicional noturno e do pagamento do adicional de risco, além de permitir a terceirização de atividades, como os serviços portuários.
A ação foi coordenada pela Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e pela Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios nas Atividades Portuárias (Fenccovib), que juntas representam mais de 50 mil funcionários que atuam nos principais portos do país.
Segundo o presidente da Fenccovib, Mário Teixeira, uma comissão de juristas está elaborando, na Câmara dos Deputados, um relatório com uma proposta de projeto de lei para o setor, e ele critica a composição dessa comissão.
Teixeira também afirmou que a categoria é contra a revogação da lei portuária atual, que envolveu todos os 151 sindicatos portuários brasileiros na mobilização, com o apoio de entidades internacionais de trabalhadores.
No primeiro semestre deste ano, o modal portuário registrou crescimento de 4,28%, movimentando 644,76 milhões de toneladas de cargas, segundo dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Segundo o órgão, o aumento do setor foi impulsionado principalmente por cargas conteinerizadas e pelo crescimento no transporte de granéis sólidos e líquidos.
De janeiro a junho deste ano, as cargas conteinerizadas apresentaram um recorde para o período, atingindo movimentação de 73,3 milhões de toneladas. O resultado representa um aumento de 22,72% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os granéis sólidos, que representam cerca de 60% de tudo que é movimentado pelos portos, tiveram alta de 3,65% em relação ao primeiro semestre de 2023. No período, foram registradas 383 milhões de toneladas de cargas movimentadas.
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Plantação de soja no Mato Grosso: a colheita de grãos cresceu 577% em 50 anos
(No primeiro semestre de 2024, o complexo soja liderou os embarques)
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Desembarque da soja brasileira no porto de Nantong, na China
(O complexo da oleaginosa movimentou US$ 33,53 bilhões no período)
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Soja
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Frigorífico
(Em 2º lugar nas exportações aparece o setor de carnes)
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Homem cercado de porcos no celeiro de uma fazenda
(O setor embarcou US$ 11,81 bilhões)
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(O que representou a 14,3% das exportações do agro brasileiro.)
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Biomassa da cana poderia responder por 30% da geração de energia do país
(O complexo sucroalcooleiro registrou US$ 9,22 bilhões.)
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Colhedora de cana de açúcar
(O que correspondeu a 11,2% do total embarcado pelo agro no 1º semestre)
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Áreas de reflorestamento com plantação de eucalipto
(Os produtos florestais somaram US$ 8,34 bilhões)
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(Os produtos florestais registraram um crescimento de 11,9% no primeiro semestre deste ano)
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FÁBRICA DE CELULOSE: bloco europeu autorizou a formação, marcada para 14 de janeiro do ano que vem. / Fabiano Accorsi
(A celulose foi responsável por 59,6% desse total, com US$ 4,97 bilhões – alta anual de 19,5%)
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Serra do Cabral, em MG: Cedro caminha para se tornar uma das maiores produtoras de café do país (Cedro/Divulgação)
(O setor de café destacou-se com vendas externas de US$ 5,31 bilhões)
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Fazenda de Café do Grupo Cedro em Minas Gerais - agricultor - agricultura - agronegocios - agro - lavoura - maquinas - plantação -
Foto: Leandro Fonseca
data: 20/06/2023
(Um aumento de 46,1% em valor e de 52,1% em quantidade comparado ao ano anterior)
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Lavoura de algodão no Mato Grosso: alternativa à soja pelo maior potencial produtivo
(O algodão não cardado e não penteado atingiu um recorde de US$ 2,68 bilhões)
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Produção de algodão em Luiz Eduardo Magalhães
(Um aumento de 236%)
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Colheita de Algodão
(Com 1,39 milhão de toneladas exportadas, um crescimento de 228%.)
Atraso nos portos
Os portos brasileiros têm registrado atrasos, impactando os embarques de café do Brasil. Somente em setembro, 69% dos navios, ou 190 de um total de 277 embarcações, tiveram suas escalas alteradas ou sofreram atrasos para exportar café nos principais portos do país, segundo o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela startup ElloX Digital em parceria com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O maior tempo de espera foi registrado no Porto de Santos (SP), com 38 dias entre a abertura do primeiro e do último prazo de embarque. Além disso, o porto, principal terminal de escoamento dos cafés brasileiros para o exterior, apresentou um índice de 84% de atraso em porta-contêineres em setembro, afetando 108 das 129 embarcações.