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Seca em Goiás: após 43 dias consecutivos sem chuvas, produtividade deve cair no estado

Não chove no estado desde o início de março

Dry corn

Dry corn

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 17 de junho de 2024 às 18h57.

Última atualização em 17 de junho de 2024 às 19h06.

Goiás enfrenta uma de suas piores secas dos últimos 30 anos, com 43 dias consecutivos sem chuvas. Segundo o monitoramento por satélite da EarthDailey Agro, não chove no estado desde o início de maio, e a precipitação registrada foi a menor em três décadas, ficando abaixo de 0,5 milímetro.

No começo de junho, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) confirmou a situação crítica e emitiu um alerta sobre a crise hídrica – além disso, a estiagem pode afetar a produtividade do milho de inverno.

De acordo com o EarthDaileu Agro, a estimativa é de que a produtividade da segunda safra de milho atinja 91,6 sacas por hectare, ante 101,3 sacas/hectare na temporada passada.

Para culturas como a soja, ainda não há levantamento disponível. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de soja no estado na temporada 2023/24 foi de 16,711 milhões de toneladas. Em 2022, segundo o IBGE, o principal produtor foi o município de Rio Verde.

Em fevereiro, o governo estadual já havia decretado estado de emergência em 25 cidades devido à falta de chuvas desde 2023.

Previsão do tempo

Não há previsão de chuvas nas próximas duas semanas no estado, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A expectativa é de tempo quente e seco no estado, o que deve agravar a situação das lavouras locais.

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