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Rui Costa sugere que brasileiro troque a laranja por fruta mais barata em meio à alta de preços

Ministro disse que governo estuda reduzir alíquotas de importação

Agência o Globo
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Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 18h09.

Última atualização em 24 de janeiro de 2025 às 18h21.

Em meio à preocupação com a inflação de alimentos no governo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sugeriu nesta sexta-feira que os brasileiros troquem itens que enfrentam alta nos preços, como a laranja, por uma alternativa mais “barata”.

"Alguns produtos, como commodities, estão caros lá fora. Por exemplo, a laranja: teve diminuição drástica de produção nos Estados Unidos, que é um dos maiores produtores do mundo, em razão de doenças na plantação. O preço internacional está tão caro quanto aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta. Não adianta baixar a alíquota, porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro", disse o ministro.

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Uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira debateu medidas para mitigar a inflação. O governo anunciou que vai reduzir alíquotas para conter a alta no preço.

"Se os preços desses produtos no mercado internacional estiverem mais baixos do que no mercado nacional, isso será rapidamente analisado e a alíquota de importação desses produtos será reduzida. Ou seja, os produtos que estejam com o preço interno maior do que o preço externo, nós atuaremos na redução de alíquota para forçar o preço a vir pelo menos para o patamar internacional", disse Costa.

O ministro acrescentou que "não terá subsídio, supermercado estatal, fiscal do Lula nem alimento sendo vendido fora do prazo de validade". Costa disse ainda que os preços dos alimentos "se formam no mercado e não artificialmente" e que as expectativas para 2025 são "positivas" em razão do aumento da produção de alimentos. O ministro também negou a possibilidade de "congelamento" de preços.

"A convicção do governo brasileiro é que os preços se formam no mercado, não são feitos artificialmente", disse Costa. "Para 2025, as expectativas são extremamente positivas de uma supersafra e isso fará com que tenha uma maior oferta que vai levar a um menor preço. Há uma expectativa forte. A Conab, na pesquisa que faz em todas regiões com vários produtos, também apresentou uma expectativa crescimento bastante robusto da safra desse ano. Por exemplo, o arroz terá crescimento de 13%, feijão de 5%, e a safra em geral terá aumento 8,2%".

Participaram da reunião com Lula os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura).

Reunião anterior

Em reunião liderada pela Casa Civil nesta quinta-feira, integrantes do governo fizeram um diagnóstico para identificar as diferentes causas do problema e traçaram possibilidades para atacá-las, mas foi só a primeira etapa da discussão.

O foco é pensar em instrumentos para que as condições de oferta e produção sejam adequadas para abastecer o mercado doméstico com os principais alimentos da dieta do brasileiro a um preço apropriado. Uma possibilidade levantada por quem participa da discussão é aumentar o crédito agrícola e assistência técnica.

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