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Produção de café: Brasil se recupera (Getty Images/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 21 de setembro de 2022 às 15h58.
Depois de um período difícil, em que a safra foi afetada por secas prolongadas e geadas, a produção de café começa a dar sinais de recuperação. Em agosto, o país exportou 2,8 milhões de sacas de café, 10% a mais do que em julho, de acordo com o Rabobank -- em 2021, houve uma redução de 26% na colheita, segundo o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café).
A expectativa é que neste mês a taxa de produção por tonelada métrica de fertilizante seja de 3,2 sacas por tonelada, em um incremento de 1,9% em relação a agosto, segundo um estudo inédito do Rabobank. “Os preços dos fertilizantes, no entanto, devem se manter voláteis devido às incertezas a respeito do gás natural”, diz Guilherme Morya, analista do Rabobank.
Este ano, os produtores rurais pagaram cerca de 160% a mais, em comparação a 2021, pelos fertilizantes importados, segundo a Confederação Nacional de Agricultura (CNA). A alta dos preços se deve principalmente à guerra na Ucrânia e sanções à Rússia, que lidera a produção mundial do insumo. Em 2021, Moscou exportou mais de 12,5 bilhões de dólares em 2021, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Nesta safra, o clima está favorecendo a colheita de café no Brasil. A ausência de chuvas prolongadas tem sido benéfica para a lavoura – pancadas esparsas causaram uma floração bem-vinda na região da Alta Mogiana, em São Paulo, e no sul de Minas, de acordo com o Rabobank. Os produtores de café devem colher 50,3 milhões de secas este ano, ante 47,7 milhões no ano passado.
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