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Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 25 de junho de 2024 às 13h54.
Última atualização em 25 de junho de 2024 às 14h26.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse nesta terça-feira, 25, que o Plano Safra 2024/25 foi adiado para a próxima quarta-feira, 3. Inicialmente, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, havia confirmado a data para amanhã, 26. Entretanto, integrantes do governo não chegaram a um consenso sobre o montante a ser disponibilizado.
O setor produtivo pleiteia um aporte entre R$ 500 e 570 bilhões, mas a equipe econômica ainda não definiu o valor exato. Questionado por jornalistas sobre possíveis divergências no governo quanto à quantia que será destinada ao agronegócio e à agricultura familiar, Teixeira evitou comentar diretamente o assunto.
"Não dá para preparar uma entrega como a gente vai fazer, uma entrega bonita para vocês tirarem fotos maravilhosas. Não dá para preparar de hoje para amanhã. Então ganhamos uma semana para a preparação do evento”, disse o ministro.
Em nota, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) criticou a atitude do governo, chamando de "total demonstração de desorganização e ineficiência". A entidade disse ainda que "os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano".
O principal objetivo do Plano Safra é garantir o financiamento necessário para que os produtores possam investir em tecnologias, insumos, e infraestrutura, aumentando a produtividade e a competitividade da agricultura brasileira.
A parte subsidiada do Plano Safra é constituída pelos recursos disponibilizados diretamente pelo governo. Esse subsídio pode ser concedido de várias maneiras, como na equalização de juros, onde o governo cobre parte dos custos dos juros dos empréstimos concedidos aos agricultores, diminuindo assim a taxa de juro que eles precisam pagar.
No ano passado, o governo destinou R$ 8,5 bilhões em subsídios para a produção de pequenos agricultores e R$ 5,1 bilhões para a equalização de juros no setor empresarial, somando um total de R$ 13,6 bilhões.
A bancada do agronegócio na Câmara dos Deputados espera um montante de R$ 20 bilhões para a equalização de juros, além da destinação de R$ 2,5 bilhões para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).