EXAME Agro

Apoio:

LOGO TIM 500X313

Os 5 temas em alta no agronegócio

Financiamento, logística, ESG, geopolítica e digitalização são assuntos que estão no centro da discussão de produtores em todo o Brasil

Financiamento, logística, ESG, geopolítica e digitalização são assuntos que estão no centro da discussão de produtores em todo o Brasil   (Getty Images/Getty Images)

Financiamento, logística, ESG, geopolítica e digitalização são assuntos que estão no centro da discussão de produtores em todo o Brasil (Getty Images/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 20 de abril de 2023 às 16h18.

Última atualização em 20 de abril de 2023 às 16h43.

Diferentes discussões, dentro e fora do País, refletem na tomada de decisão do produtor brasileiro. A depender do cenário macroeconômico e da disponibilidade de armazenagem, por exemplo, o empresário rural decide se vende os grãos, os mantém no silo ou trava o preço para entregá-los a posteriori. O dinamismo da gestão também está ligado intrinsicamente ao clima, que pode definir a velocidade de plantio ou colheita, a contratação de um seguro rural e a rentabilidade diante de uma possível quebra de safra.

SuperAgro 2023: evento da EXAME está com inscrições abertas

Em um ambiente complexo entre política, economia e clima, cinco temas têm estado no centro das decisões dentro e fora da porteira:

  • Financiamento da safra
  • Armazenagem e logística
  • Práticas ESG
  • Conectividade e digitalização
  • Geopolítica

Financiamento da safra

Mesmo sem saber de quanto será a verba disponibilizada pelo governo federal no Plano Safra, o financiamento do calendário agrícola se mantém ativo, com alternativas independentes ao aporte público. A cada ano que passa, o agronegócio recorre a mecanismos como Cédula do Produtor Rural (CPR), Fiagro e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) para financiar recordes de produtividade em um cenário de aumento global da demanda por alimentos.

Diante da expansão do volume com plantio e colheita em expansão, a compra de insumos, maquinário e estruturas de pós-colheita não espera somente o recurso liberado pelo governo.

Leia também: Fiagro: um mercado de R$ 200 bilhões em expansão

Armazenagem e logística

De acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção para a safra da soja e milho 2022/2023 será de 312,5 milhões de toneladas. Embora a safra recorde seja vista como positiva, a falta de espaço para armazenar estes grãos preocupa empresários rurais. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o déficit de armazenagem do Estado permanece em patamar próximo à metade daquilo que é produzido em grãos, ou seja, cerca de 20 milhões de toneladas.

Sem alternativas para armazenar a produção, é necessário colher a safra e entregar a um entreposto de recebimento e o maior volume ofertado derruba a cotação dos produtos e reduz as margens dos produtores. “Entra safra e sai safra e o problema só agrava. Maior produtor de grãos do país, Mato Grosso não tem como armazenar o que produz. Aprosoja-MT constantemente cobra do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAP) taxas de juro e volume de recursos adequados a atender pequenas e médias propriedades", afirma Fernando Cadore, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

Práticas ESG

As práticas ESG em toda a cadeia produtiva ganham proporção à medida que consumidores internos e importadores mostram maior interesse em conhecer a origem dos alimentos. Para haver transparência nos pilares social, ambiental e de governança, o agronegócio discute cada vez mais a agricultura de baixo carbono, o uso de insumos biológicos e o avanço do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para cumprir com o Programa de Regularização Ambiental e, consequentemente, estar em dia com o Código Florestal.

Conectividade e digitalização

A inovação tem sido cada vez mais importante para o agronegócio brasileiro manter sua posição de liderança no cenário internacional. A imersão de produtores rurais em tecnologias que viabilizam rastreabilidade, como blockchain e IoT, e a conectividade que permite acompanhar o funcionamento de máquinas agrícolas em tempo real são alguns exemplos que mostram como os profissionais brasileiros investem na digitalização das fazendas para aprimorar a produtividade.

Geopolítica

A viagem do presidente Lula à China, que resultou no acordo sobre exportação de proteína processada ao país asiático, o encontro entre o chanceler russo Serguei Lavrov e o ministro do Itamaraty Mauro Vieira sobre o fornecimento de fertilizantes químicos e a seca na Argentina abrindo espaço para a exportação brasileira de grãos dão o tom da relevância das discussões geopolíticas para o agronegócio brasileiro.

Diante de tantos acontecimentos, como o Brasil se prepara para manter a relevância nas exportações para diferentes continentes? Estas e outras questões serão discutidas no evento SuperAgro, que acontecerá dia 30 de maio, em São Paulo. Na ocasião também será apresentado estudo inédito da consultoria McKinsey e uma recente pesquisa da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Os ingressos para participar do SuperAgro já estão disponíveis.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaExame-Agro

Mais de EXAME Agro

Sorgo e canola: a próxima empreitada da 3tentos no setor de combustíveis

União Europeia aprova adiamento em 12 meses da implementação da lei 'antidesmatamento'

Enquanto Defesa entra no debate, ministérios do agro devem escapar de corte de gastos