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Galinhas: animais estão colocando menos ovos por conta de onda de calor na China (Michael Dalder/Reuters)
AFP
Publicado em 17 de agosto de 2022 às 08h14.
O clima escaldante no leste da China provocou o aumento dos preços dos ovos, já que as galinhas estão colocando menos ovos em um verão mais quente do que o normal, informou a imprensa local.
Várias cidades chinesas registraram os dias mais quentes de sua história este ano, o que levou o observatório nacional do país a emitir um alerta vermelho na segunda-feira.
A onda de calor não estressa apenas os humanos. Os animais também sofrem.
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Na cidade de Hefei, os agricultores relataram uma queda na produção de ovos devido ao calor, de acordo com o jornal Jianghuai Morning News, que acrescentou que algumas fazendas instalaram sistemas de refrigeração.
A queda na produção em várias províncias provocou um aumento no preço dos ovos.
Em Hefei, capital provincial de Anhi, o preço subiu 30% e altas semelhantes foram registradas nas cidades de Hangzhou e Hai'an, segundo a mídia local. Hefei registrou 14 dias de temperaturas acima dos 38 ºC, indicou o Hefei Evening News, que apontou que é um recorde.
A exposição sustentada a temperaturas extremas pode exacerbar o declínio na produção animal, incluindo leite e ovos, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA.
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O número de galinhas poedeiras não caiu na China, mas elas comem menos em dias quentes, acrescentou o Qianjiang Evening News.
Além de impactar a produção avícola, a onda de calor impôs o racionamento de energia em Sichuan, centro produtor de lítio, devido ao aumento da demanda energética.
Na província de Jiangxi, atingida por uma seca severa, 11.000 pessoas têm dificuldade de acesso à água potável, enquanto mais de 140.000 hectares de plantações foram danificados, segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
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