Páscoa: o bacalhau, item tradicional da celebração, teve um aumento de apenas 0,49% nos últimos 12 meses, até fevereiro de 2025, segundo a APAS
Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 28 de março de 2025 às 14h43.
Última atualização em 28 de março de 2025 às 14h55.
O almoço de Páscoa pode ficar mais caro neste ano. Um levantamento realizado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) revela que alguns itens típicos da cesta de Páscoa, como peixe, vinhos e azeitonas, deverão pressionar os preços nos supermercados.
A pesquisa revela que, até fevereiro de 2025, os produtos que ficaram mais caros, com base no Índice de Preços do Setor Supermercadista (IPS) — indicador que mede a variação dos preços de produtos vendidos nos supermercados do Brasil —, foram azeitona, que subiu 23%; chocolate, com um aumento de 15,5%; suco de frutas, com alta de 18,4%; azeite de oliva, que teve valorização de 9,2%; e atum em lata, que subiu 8,5%.
A expectativa da entidade é que, mesmo com esses aumentos, a diversidade de opções e a estabilidade de outros produtos populares garantam uma Páscoa mais vantajosa para os consumidores, com o setor supermercadista projetando uma temporada positiva.
Segundo a Apas, existe um comportamento não uniforme dos itens que compõem a cesta de Páscoa. O bacalhau, por exemplo, item tradicional no almoço de domingo, subiu apenas 0,49% nos últimos 12 meses, até fevereiro de 2025, o que o torna uma opção atraente para os consumidores, acredita Felipe Queiroz, economista-chefe da APAS.
Além disso, o recuo de outros produtos deve aliviar a pressão dos itens mais caros.
“O bacalhau se apresenta como uma alternativa viável para a mesa de Páscoa deste ano. Além disso, itens essenciais para os pratos salgados, como cebola e batata, apresentaram queda superior a 50% no mesmo período”, diz Queiroz.
Segundo Erlon Ortega, presidente da Apas, a Páscoa deste ano deve ser um período de expansão para o setor supermercadista.
A entidade projeta crescimento de 4,2% nas vendas em relação à mesma data do ano passado — a data é uma das mais relevantes para o varejo, ficando apenas atrás do Natal e da Black Friday.
O cenário geral, diz o executivo, é positivo. "Um feriado mais longo incentiva mais encontros entre família e amigos. Uma excelente oportunidade para incrementar as vendas", afirma Ortega.