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Milho atinge US$ 8 pela primeira vez desde 2012 com oferta escassa

As perspectivas globais foram afetadas porque a invasão da Ucrânia interrompeu a atividade agrícola e os fluxos comerciais em uma região responsável por cerca de um quinto das exportações

Colheita de milho em fazenda em Correntina, na Bahia (Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images)

Colheita de milho em fazenda em Correntina, na Bahia (Dado Galdieri/Bloomberg/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 18 de abril de 2022 às 16h18.

Última atualização em 22 de abril de 2022 às 14h30.

Por Kim Chipman e Megan Durisin, da Bloomberg

Os futuros de milho em Chicago ultrapassaram US$ 8 por bushel pela primeira vez em quase uma década, aproximando-se de nível recorde, com a guerra ameaçando a oferta global e aumentando a demanda por grãos dos EUA.

Os preços não chegavam a US$ 8 desde setembro de 2012, após uma seca devastadora e colheitas danificadas pelo calor no meio-oeste dos EUA. Os contratos se aproximam de uma alta histórica de US$ 8,49 por bushel, alcançada no mesmo ano.

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As perspectivas globais para a oferta de milho foram afetadas porque a invasão da Ucrânia pela Rússia interrompeu a atividade agrícola e os fluxos comerciais em uma região responsável por cerca de um quinto das exportações.

Isso se soma a um aumento nos custos de fertilizantes que diminui as perspectivas de plantio nos EUA, o maior exportador mundial. A demanda também está aumentando. Pela segunda semana consecutiva, o Departamento de Agricultura dos EUA relatou vendas de milho americano para a China superiores a 1 milhão de toneladas.

A próxima safra de milho da Ucrânia pode cair quase 40% em relação ao ano passado, disse uma associação local de grãos no início desse mês. Agricultores dos EUA estão prontos para plantar mais soja do que milho pela terceira vez, com preços recordes de fertilizantes levando produtores a se afastarem do grão.

O contrato mais ativo chegou subir 2,5%, para US$ 8,03 por bushel.

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