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Carlos Kuada, vice-presidente vice-presidente comercial da Elanco para a América Latina: resultado recorde no 1º trimestre (divulgação/Divulgação)
Carla Aranha
Publicado em 16 de maio de 2022 às 15h24.
Última atualização em 19 de maio de 2022 às 17h26.
A aquisição do portfólio de saúde animal da Bayer, concluída em 2020, e investimentos em inovação representaram fatores essenciais para o resultado do primeiro trimestre da Elanco Saúde Animal, multinacional americana que ocupa o posto de vice-liderança no mercado global veterinário. A companhia registrou um lucro líquido de 48 milhões de dólares entre janeiro e março – no mesmo período do ano passado, houve prejuízo de 61 milhões de dólares. Em relação à receita, o volume projetado para este ano é de 4,7 bilhões de dólares, em média, semelhante ao valor obtido em 2021.
“Estamos trabalhando na integração do sistema SAP com a Bayer”, diz Carlos Kuada, vice-presidente comercial da Elanco para a América Latina. “A compra do portfólio de saúde animal da empresa foi a maior aquisição do segmento nos últimos tempos”.
Globalmente e no Brasil, o mercado pet colaborou decisivamente para os bons resultados da companhia em 2021. No ano passado, o setor movimentou 245 bilhões de dólares, cerca de 6% a mais do que em 2021 – este ano, as projeções apontam para uma movimentação na casa de 260 bilhões de dólares. No Brasil, o crescimento foi ainda mais expressivo, alcançando um faturamento de quase 52 bilhões de reais, valor 27% superior ao obtido em 2020.
A aquicultura representa outro mercado em ascensão. A demanda em alta de alimentos como o salmão e investimentos em pesquisa referentes à vacina e medicamentos para o pescado proporcionaram resultados acima da expectativa no primeiro trimestre, segundo a companhia. Produtos voltados ao combate do piolho do mar e uma doença parasitária viral que ataca o salmão, fruto de dez anos de pesquisa, vem impulsionando o desempenho financeiro da multinacional.
Em relação ao faturamento no Brasil, o segmento pet alcançou um resultado de dois dígitos no primeiro trimestre (a empresa não revela números), seguido pela avicultura.
“Parcerias com clientes como a JBS em projetos de sustentabilidade representam outro pilar estratégico, principalmente no que diz respeito à política ESG”, afirma Kuada. No ano passado, a Elanco Foundation começou a apoiar o programa RestaurAmazônia, voltado à produção sustentável na Amazônia.
Até 2023, a Elanco deve doar cerca de 450 mil dólares à entidade internacional que gerencia o projeto. Os recursos deverão ser direcionados a uma iniciativa para aumentar a renda de famílias que cultivam cacau e se dedicam à pecuária no Pará, de forma sustentável. O projeto piloto apontou um aumento da produtividade do cacau em 40% e da pecuária de cria em 22%, além da redução da emissão de gases do efeito estufa em 53%. Além disso, a renda dos produtores aumentou 30%, de acordo com a Elanco.
Este ano, a empresa fechou uma parceria com a Royal DSM nos Estados Unidos para produzir o aditivo para ração de ruminantes Bovaer, que reduz a emissão de metano. O produto suprime a enzima que desencadeia a produção de gases. O potencial de vendas supera a marca de 200 milhões de dólares por ano.
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