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Governo busca soluções para garantir alimentos mais baratos ao consumidor brasileiro (Ricardo Stuckert/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 24 de janeiro de 2025 às 07h39.
Última atualização em 24 de janeiro de 2025 às 11h17.
O governo federal está preparando um conjunto de medidas para garantir a produção adequada de alimentos no Brasil, enquanto descarta ações como controle de preços ou taxação de exportações. Segundo fontes ligadas ao tema, as propostas ainda estão em fase de diagnóstico e devem ser apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira, em reunião marcada para 9h, na Granja do Torto.
A prioridade é criar condições para que os principais alimentos da dieta brasileira sejam oferecidos no mercado interno a preços acessíveis. Entre as possibilidades discutidas estão o aumento do crédito agrícola e a assistência técnica para produtores. Além disso, o governo também avalia formas de reduzir os custos de intermediação em cartões de refeição (VR) e alimentação (VT), que hoje impactam o preço final pago pelo consumidor.
A reunião de quinta-feira, liderada pela Casa Civil, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Social, Paulo Teixeira, e do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. O diagnóstico inicial identificou diversos fatores que afetam os preços dos alimentos, como o impacto do dólar, eventos climáticos e a crescente demanda internacional por produtos brasileiros, como carne e café.
Ainda há divergências entre os ministérios. Enquanto áreas ligadas à agricultura apontam a valorização do real como fator que pode beneficiar os custos de insumos, a equipe econômica também considera que a oferta foi prejudicada por problemas climáticos e que a agricultura local já enfrenta desafios para atender tanto ao mercado interno quanto à exportação.
Entre as ações já adotadas pelo governo, destacam-se o fortalecimento da agricultura familiar e o aumento de 43% no volume de recursos disponíveis no Plano Safra. Isso permitiu um crescimento significativo na produção de alimentos como feijão, cebola, cenoura, batata e abóbora. Outra iniciativa avaliada positivamente foi o estímulo à produção de arroz por meio de contratos de opção, especialmente em resposta à tragédia no Rio Grande do Sul.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também citou que a regulamentação dos cartões de benefícios pode ser uma solução para aliviar os custos de lojistas e, consequentemente, baratear os alimentos. No entanto, esse tema enfrenta impasses entre a Fazenda e o Banco Central, que já declarou não ter competência para tratar da questão.
Nesta quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo está realizando reuniões para buscar um "conjunto de intervenções" que ajudem a reduzir os preços dos alimentos. No entanto, ele depois substituiu o termo "intervenções" por "medidas" para evitar mal-entendidos.
“Para não ter ruído de comunicação e para ninguém ficar derivando para outras imaginações, vamos substituir a palavra intervenções por medidas”, afirmou Costa à CNN Brasil. Ele reforçou que o foco está em ouvir a sociedade, os ministros e as sugestões do setor privado para ampliar a oferta de alimentos.
Embora tenha mencionado a possibilidade de adotar algumas medidas sugeridas pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Costa rejeitou flexibilizar prazos de validade para alimentos não perecíveis, uma das principais demandas da entidade.O governo federal está preparando um conjunto de medidas para garantir a produção adequada de alimentos no Brasil, enquanto descarta ações como controle de preços ou taxação de exportações. Segundo fontes ligadas ao tema, as propostas ainda estão em fase de diagnóstico e devem ser apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira, em reunião marcada para as 9h, na Granja do Torto.
A prioridade é criar condições para que os principais alimentos da dieta brasileira sejam oferecidos no mercado interno a preços acessíveis. Entre as possibilidades discutidas estão o aumento do crédito agrícola e a assistência técnica para produtores. Além disso, o governo também avalia formas de reduzir os custos de intermediação em cartões de refeição (VR) e alimentação (VT), que hoje impactam o preço final pago pelo consumidor.