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Gado paulista rastreado: São Paulo lança sistema para monitorar 11 milhões de bois

Estado tem o segundo maior rebanho da região Sudeste

Gado em pasto (REUTERS/Paulo Whitaker)

Gado em pasto (REUTERS/Paulo Whitaker)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 18 de novembro de 2024 às 16h51.

Última atualização em 18 de novembro de 2024 às 17h03.

Com um rebanho de 11 milhões de bois, o segundo maior do Sudeste, o estado de São Paulo deve lançar nesta terça-feira, 19, o Sistema de Identificação Individual e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos do Estado de São Paulo (SIRBOV-SP). O anúncio ocorrerá durante a Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), em Presidente Prudente.

“Os pecuaristas terão a oportunidade de melhorar a gestão de seus rebanhos, acompanhando dados como ganho de peso, crescimento, alimentação e produção de cada animal”, afirma Guilherme Piai, secretário de Agricultura e Abastecimento do estado.

De janeiro a outubro de 2024, as exportações do setor agropecuário paulista cresceram 11,2%, totalizando US$ 25,77 bilhões, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta). A carne bovina foi destaque, respondendo por 84,1% das exportações de carne, o que corresponde a US$ 2,89 bilhões.

“A implantação do sistema de rastreabilidade é uma medida estratégica e necessária para promover saúde pública, economia sustentável e qualidade da produção animal”, diz Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da Defesa Agropecuária do estado.

Segundo Barrochelo, o SIRBOV-SP permitirá o monitoramento contínuo da vida dos animais, auxiliando na adoção de boas práticas de manejo. Com o adiamento da lei antidesmatamento da União Europeia, a medida deve facilitar a abertura de novos mercados internacionais, principalmente no bloco.

“Animais monitorados recebem os cuidados necessários, reduzindo o uso indiscriminado de medicamentos e o impacto ambiental”, afirma o veterinário.

Piai afirmou à EXAME que a Coordenadoria de Defesa Agropecuária investirá na implementação do sistema, enquanto a tecnologia será fornecida pela iniciativa privada sem custos ao erário público. Além disso, servidores estão sendo capacitados para sensibilizar os pecuaristas sobre os benefícios da rastreabilidade.

De acordo com o secretário, algumas empresas já demonstraram interesse em colaborar e, após a definição das parcerias, será assinado um termo de cooperação para a transferência gratuita da tecnologia aos escritórios da Defesa Agropecuária.

Por meio das ações do Serviço Veterinário Oficial (SVO), São Paulo poderá reduzir significativamente os impactos de doenças como febre aftosa, tuberculose e brucelose. A rastreabilidade permitirá acompanhar o histórico sanitário de cada animal.

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