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Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 17 de julho de 2024 às 21h16.
Última atualização em 19 de julho de 2024 às 23h30.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou nesta quarta-feira, 17, um foco da doença de Newcastle (DNC) em uma granja, localizada no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul – o diagnóstico positivo foi informado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
A investigação epidemiológica do caso foi conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) que encaminhou as amostras para a análise laboratorial – os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006 e em aves de subsistência, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
Em nota a pasta informou que "o estabelecimento avícola foi imediatamente interditado, incluindo suspensão de movimentação das aves, a partir do primeiro atendimento pela Seapi".
Além disso, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em conjunto com a Seapi, aplicará os procedimentos de erradicação do foco estabelecidos no Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle, com a eliminação e destruição de todas as aves e limpeza e desinfecção do local.
Uma investigação complementar será conduzida em um raio de 10 km ao redor da área onde ocorreu o foco, além de outras medidas que se fizerem necessárias com base na avaliação epidemiológica – o Mapa destacou que o consumo de produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) continua seguro e sem contraindicações.
Segundo a OMSA, a anomalia é uma doença viral contagiosa que afeta várias espécies de aves, assim como répteis e mamíferos, e até mesmo o homem. A infecção ocorre quando há determinados critérios de virulência, incluindo o índice de patogenicidade intracerebral e a presença de múltiplos aminoácidos básicos.
A principal forma de transmissão do vírus da doença de Newcastle ocorre por meio de aerossóis, que são pequenas partículas no ar provenientes de aves infectadas. Além disso, o vírus pode ser transmitido por meio de produtos contaminados, como equipamentos e alimentos que tiveram contato com aves doentes.
De acordo com o Mapa, a adoção de medidas de biosseguridade nos estabelecimentos avícolas é fundamental para limitar a exposição de aves domésticas a outras aves, sendo essa a principal estratégia para mitigar o risco de introdução do vírus da doença de Newcastle no plantel avícola nacional.