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Grãos: A produção de arroz e alguns cultivos de inverno, como trigo, apontam para redução no volume produzido, em comparação com a safra anterior (Lucas Ninno/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 13 de julho de 2023 às 10h53.
Última atualização em 13 de julho de 2023 às 11h04.
A produção brasileira de grãos pode atingir 317,57 milhões de toneladas na safra 2022/2023, um crescimento de 16,5%, ou 44,9 milhões de toneladas a mais em comparação com a temporada anterior 2021/22, consolidando as previsões anteriores como a maior já produzida no País. Os dados fazem parte do 10º levantamento de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira, 13.
De acordo com a estimativa, esse resultado também é 0,6% (1,74 milhão t) superior ao divulgado em junho (315,83 milhões de t), "decorrente, principalmente, do melhor desempenho das lavouras de milho segunda safra observado em campo neste último mês, e do crescimento da área semeada com o trigo, aliado às boas condições climáticas que vêm ocorrendo", disse a estatal em comunicado.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, disse na nota que "o ajuste reforça a safra recorde brasileira" e ressaltou que "a agricultura brasileira vem demonstrando sua força e potencial para alcançar números cada vez mais elevados, com investimentos constantes que permitem aumentos de produtividade".
De acordo com o boletim, a soja deverá atingir uma produção recorde, estimada em 154,57 milhões de toneladas, 23,1%, ou 29 milhões de toneladas acima do ciclo anterior (125,55 milhões de t).
Já para o milho, a previsão é de 127,77 milhões de toneladas, incluindo as três safras, alcançando 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima da cultivada em 2021/22 (113,13 milhões de t). "Observamos um avanço mais lento na área colhida do milho segunda safra, que já era esperado, por causa do atraso no plantio e colheita da soja em diversas regiões, e da diminuição das temperaturas durante a maturação dos grãos", explicou o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos. "Mesmo assim, o cenário continua extremamente positivo para a produção do cereal", acrescentou.
Outras culturas, como o algodão e feijão, seguiram o movimento de alta e apresentaram porcentuais de aumento na produção. A safra da fibra em pluma deve aumentar 17,8%, saindo de 2,55 milhões de t para 3,01 milhões de t. Já as três safras de feijão devem totalizar 3,07 milhões de t, alta de 2,5% ante 2021/22 (2 99 milhões de t).
A produção de arroz e alguns cultivos de inverno, como trigo, apontam para redução no volume produzido, em comparação com a safra anterior. A safra de arroz deve ser de 10,03 milhões de t, queda de 7% ante a temporada anterior. A produção de trigo 2023, em fase final de plantio, pode atingir 10,43 milhões de t, baixa de 1,2% ante 2022.
Com relação à área, o levantamento da Conab projeta uma estimativa de 78,2 milhões de hectares, 4,9% ou 3,7 milhões de hectares superior à semeada em 2021/22. Os maiores incrementos são observados na soja, com 2,6 milhões de hectares (6,2%), no milho, com 576 mil hectares (2,7%), e no trigo, com 343,4 mil hectares (11,1%).