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Produtores rurais ainda enfrentam prejuízos após enchentes no Rio Grande do Sul (Ricardo Stuckert/Presidência da República/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 21h52.
Última atualização em 24 de outubro de 2024 às 06h55.
Os produtores rurais dos municípios afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul terão mais tempo para voltar a pagar as parcelas do crédito rural. Em reunião extraordinária nesta quarta-feira , 23, o Conselho Monetário Nacional (CMN) prorrogou para 27 de novembro o vencimento das operações beneficiadas pelos descontos previstos pelo Decreto 12.138, editado em agosto.
Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a prorrogação poderá beneficiar cerca de 2,2 mil operações de crédito, totalizando R$ 430 milhões. A extensão do prazo vale para os produtores que encaminharam, até 3 de outubro, os pedidos de renegociação à Comissão Especial de Análise de Operações de Crédito Rural do Rio Grande do Sul. Este comitê verifica a perda de renda e de produção decorrente das enchentes no estado.
A prorrogação abrange as operações de crédito rural de custeio, investimento e industrialização com vencimento de 1º de maio a 26 de novembro. No entanto, o produtor deve estar com as parcelas em dia até 30 de abril, pouco depois do início das fortes chuvas no estado.
Para receber o desconto e ter direito à prorrogação, o mutuário precisa comprovar uma perda de renda igual ou superior a 60% em linhas de crédito individuais, grupais ou coletivas, desde que em decorrência de deslizamento de terras ou pela força das águas na inundação. Em operações contratadas por cooperativas de produção agropecuária, a perda precisa ser igual ou superior a 30%.
Na reunião desta quarta-feira, o CMN também autorizou os mutuários que não tiveram os pedidos de renegociação aprovados pela comissão especial a prorrogar os débitos sem desconto. O benefício vale para quem pedir, até 26 de novembro, a prorrogação ao banco que opera a linha de crédito.
O CMN é um órgão colegiado presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e composto pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Por causa da viagem dos dois ministros e do presidente do BC aos Estados Unidos nesta semana, a reunião do Conselho Monetário foi realizada de forma virtual.
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