A carne bovina brasileira se prepara para desembarcar no Japão nos próximos meses e, se depender de Roberto Perosa, atual presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e ex-secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), esse será apenas o começo.
“Em fevereiro, viajarei com alguns empresários ao Japão para uma audiência com o ministro da Agricultura japonês. O Japão ainda depende de aceites e certificados específicos relacionados ao produto brasileiro”, diz Perosa em entrevista à EXAME.
Segundo o presidente da Abiec, com as negociações em andamento, a intenção é agilizar os contatos para que o governo brasileiro já tenha alguma sinalização favorável em março — Perosa embarca para o país asiático em oito de fevereiro.
No entanto, o Japão não é o único mercado prioritário para o setor. Outros três países estratégicos estão na mira: Turquia, Vietnã e Coreia do Sul. Juntos, esses países, somados ao Japão, representam 30% da demanda mundial de carne bovina.
“Grande parte do trabalho já foi realizada. As tratativas com Japão, Turquia e Vietnã estão na reta final, enquanto o processo com a Coreia do Sul está um pouco mais atrasado. Ainda assim, os avanços nas negociações com os três primeiros países nos deixam confiantes na possibilidade de iniciar as exportações em breve”, afirma Perosa.
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Segundo projeções da consultoria Safras & Mercado, o Brasil deve exportar 4,032 milhões de toneladas em equivalente carcaça em 2025, um ligeiro aumento em relação a 2024. No entanto, esse volume representa um novo patamar para o setor. Em 2024, os embarques de carne bovina brasileira atingiram um recorde histórico, com crescimento de 26% em comparação a 2023.
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Plantação de soja no Mato Grosso: a colheita de grãos cresceu 577% em 50 anos
(No primeiro semestre de 2024, o complexo soja liderou os embarques)
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Desembarque da soja brasileira no porto de Nantong, na China
(O complexo da oleaginosa movimentou US$ 33,53 bilhões no período)
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Soja
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Frigorífico
(Em 2º lugar nas exportações aparece o setor de carnes)
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Homem cercado de porcos no celeiro de uma fazenda
(O setor embarcou US$ 11,81 bilhões)
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(O que representou a 14,3% das exportações do agro brasileiro.)
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Biomassa da cana poderia responder por 30% da geração de energia do país
(O complexo sucroalcooleiro registrou US$ 9,22 bilhões.)
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Colhedora de cana de açúcar
(O que correspondeu a 11,2% do total embarcado pelo agro no 1º semestre)
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Áreas de reflorestamento com plantação de eucalipto
(Os produtos florestais somaram US$ 8,34 bilhões)
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(Os produtos florestais registraram um crescimento de 11,9% no primeiro semestre deste ano)
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FÁBRICA DE CELULOSE: bloco europeu autorizou a formação, marcada para 14 de janeiro do ano que vem. / Fabiano Accorsi
(A celulose foi responsável por 59,6% desse total, com US$ 4,97 bilhões – alta anual de 19,5%)
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Serra do Cabral, em MG: Cedro caminha para se tornar uma das maiores produtoras de café do país (Cedro/Divulgação)
(O setor de café destacou-se com vendas externas de US$ 5,31 bilhões)
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Fazenda de Café do Grupo Cedro em Minas Gerais - agricultor - agricultura - agronegocios - agro - lavoura - maquinas - plantação -
Foto: Leandro Fonseca
data: 20/06/2023
(Um aumento de 46,1% em valor e de 52,1% em quantidade comparado ao ano anterior)
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Lavoura de algodão no Mato Grosso: alternativa à soja pelo maior potencial produtivo
(O algodão não cardado e não penteado atingiu um recorde de US$ 2,68 bilhões)
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Produção de algodão em Luiz Eduardo Magalhães
(Um aumento de 236%)
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Colheita de Algodão
(Com 1,39 milhão de toneladas exportadas, um crescimento de 228%.)