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Saint Louis (EUA): Bayer promove encontro mundial de líderes (Getty Images/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 11 de agosto de 2022 às 11h00.
* De Saint Louis, nos EUA
Reunir líderes globais como o americano Bob Reiter, head de pesquisa e desenvolvimento da divisão agrícola da Bayer, e seus pares Frank Terhorst (de sustentabilidade) e Jeremy Wiliams, de agricultura digital e clima, é quase uma missão impossível, dada a agenda complicadíssima dos executivos, ainda mais quando se junta a eles o brasileiro Rodrigo Santos, que assumiu a presidência mundial da área agrícola da multinacional alemã em janeiro deste ano. Mas funcionou. Os quatros executivos desembarcaram em Saint Louis, nos Estados Unidos, nesta quinta, dia 11, para uma rodada de apresentações sobre inovações em tecnologia, ESG e produtos.
O encontro global ocorre em um contexto favorável para a companhia. A Bayer vem batendo recordes de vendas. No primeiro semestre, o faturamento da divisão agrícola chegou a quase 15 bilhões de euros, 27,8% a mais do que no período anterior, puxado principalmente pela comercialização de sementes de milho, com o aumento da área plantada no mundo, e herbicidas. No ano passado, a receita foi da ordem de 20 bilhões de euros (o grupo como um todo, incluindo a área farmacêutica, atingiu vendas de 44 bilhões de euros).
Com investimentos de 2 bilhões de euros por ano em pesquisa e desenvolvimento, a empresa deve faturar 30 bilhões de euros em duas décadas com inovações em fase final de desenvolvimento – estão previstos lançamentos de 500 variedades de sementes e 300 produtos para proteção da lavoura. Os executivos da multinacional enfatizam também a preocupação com ESG. “Estamos centrando esforços em tecnologias para reduzir o impacto do agro no meio ambiente e ajudar os agricultores a combater a pressão imposta pelas mudanças climáticas”, diz Rodrigo Santos, presidente global da divisão agrícola da Bayer.
Santos costuma dizer que é preciso encontrar soluções para ao mesmo tempo alimentar o planeta e descabonizar o meio ambiente. Nesse sentido, a companhia somou forças com o Banco Mundial, e Netafim, companhia israelense de tecnologias de irrigação, para levar assistência técnica e práticas de sustentabilidade a milhares de pequenos agricultores – já foram atendidos 700 mil produtores rurais em países como Bangladesh, Índia e Indonésia.
A biotecnologia também vem ocupando cada vez mais espaço nesse cenário. Em Saint Louis, importante centro agrícola e comercial do meio-oeste americano, a Bayer apresentou novidades para a cultura do algodão, com a ampliação de testes de um produto criado com base em biotecnologia para proteção contra insetos, e de variedades de milho mais propensas a suportar condições climáticas mais severas – os híbridos conseguiram suportar os ventos intensos que atingiram o centro-oeste dos Estados Unidos recentemente.
Também haverá novidades voltadas aos produtores de soja no Brasil, especialmente para o controle de lagartas e o manejo de plantas daninhas. “A intenção é trazer insights para nossos cientistas e desenvolver soluções para que os agricultores sejam mais produtivos e sustentáveis”, diz Bob Reiter, head de pesquisa e desenvolvimento da divisão agrícola da Bayer.
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