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Setúbal: foco na integração com Unibanco foi o cliente

Segundo Roberto Setúbal, a ênfase nesse processo tem sido reter clientes e os melhores empregados, em vez de uma meta específica para a redução de custos.

Agora que a integração está mais ou menos completa, o foco pode ser alterado para melhorar a eficiência, diz o presidente do banco (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

Agora que a integração está mais ou menos completa, o foco pode ser alterado para melhorar a eficiência, diz o presidente do banco (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 16h04.

São Paulo - O presidente do Itaú, Roberto Setúbal, afirmou que a integração com o Unibanco, anunciada em 2008, está praticamente concluída. Segundo ele, a ênfase nesse processo tem sido reter clientes e os melhores empregados, em vez de uma meta específica para a redução de custos.

"Quando se tem esse tipo de integração, você pode fazê-la rapidamente e cortar muitos custos, e você pode perder muitos clientes", comentou Setúbal. "Nós nos preocupamos muito mais com não perder clientes", acrescentou.

Agora que a integração está mais ou menos completa, o foco pode ser alterado para melhorar a eficiência, diz o presidente do banco. Para ele, o crescimento econômico um pouco menor da economia brasileira vai permitir que o Itaú trabalhe na redução das suas despesas em vez de ter de aumentá-las para acompanhar o ritmo da expansão.

Setúbal também comentou que a crise da dívida na zona do euro tem um impacto nulo no Itaú, que não tem nenhuma dívida soberana europeia em sua carteira. De acordo com ele, existe pouca necessidade de os bancos brasileiros comprarem dívidas soberanas de outros países, já que aqui no País eles têm acesso a altas taxas de juros.

Ele comentou também que alguns bancos europeus "recentemente ofereceram" ativos financeiros na América Latina e no Brasil, mas o Itaú não quis comprá-los. Mesmo assim Setúbal avalia que a crise europeia pode gerar oportunidades para comprar bancos na América Latina. O Itaú é um dos bancos brasileiros que mais investem na expansão na região, com operações de varejo na Argentina, no Chile e Uruguai.


O problema é que as ações de bancos brasileiros estão valendo menos atualmente do que a de outras instituições estrangeiras, o que significa que eles não são competitivos quando se trata de aquisições, diz Setúbal. O Itaú participou do processo para a aquisição do banco Colpatria, o quinto maior grupo financeiro da Colômbia, mas Setúbal disse que a oferta feita pelo brasileiro ficou muito abaixo da proposta vencedora. O canadense Bank of Nova Scotia comprou a fatia de 51% no Colpatria por US$ 1 bilhão.

Setúbal disse ainda que o Itaú está prosseguindo com seu primeiro projeto "greenfield" (a partir do zero) na Colômbia, lançando um banco de investimento. Segundo ele, se o projeto for bem-sucedido o modelo pode ser replicado em outros países, como o México. Mas o executivo afirma que não é possível fazer o mesmo com bancos de varejo. "É preciso comprar", comenta. As informações são da Dow Jones.

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