Sete manifestantes oposicionistas morreram neste sábado em um bairro do sul de Sanaa, atingidos por disparos das forças de segurança e de simpatizantes armados do presidente Ali Abdallah Saleh, informaram fontes médicas.

Outras dezenas de manifestantes ficaram feridos quando as forças de segurança e homens armados abriram fogo e usaram bombas de gás lacrimogêneo para impedir o avanço de dezenas de milhares de pessoas que participavam de um protesto para pedir o julgamento de Saleh, segundo testemunhas e fontes médicas.

"Quatro mortos foram levados ao hospital de campanha", na praça da Mudança, epicentro dos protestos contra o regime de Sanaa, declarou à AFP o diretor do centro, Mohamed al Abahi.

Os corpos dos outros três manifestantes foram levados a uma clínica particular de Sanaa, disse à AFP Mohamed al Sormy, médico do estabelecimento.

As vítimas morreram atingidas por tiros, disse Abahi, acrescentando que "dezenas de feridos deram entrada em diferentes centros hospitalares".

Dezenas de milhares de manifestantes chegaram esta tarde a Sanaa após terem percorrido a pé 270 km desde Taez (sudoeste) para pedir o julgamento de Saleh.

Segundo várias testemunhas, pela noite os manifestantes estavam bloqueados em um bairro do sul da capital.