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EUA tomam medidas extraordinárias para evitar default

Em uma carta enviada ao Congresso, o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, disse que o irá começar a tomar medidas extraordinárias


	Timothy Geithner: ele advertiu que não sabe quanto tempo poderá oferecer à Casa Branca e aos legisladores americanos caso este não cheguem logo a um acordo
 (AFP/ Brendan Smialowski)

Timothy Geithner: ele advertiu que não sabe quanto tempo poderá oferecer à Casa Branca e aos legisladores americanos caso este não cheguem logo a um acordo (AFP/ Brendan Smialowski)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 19h38.

Washington - O governo dos Estados Unidos irá atingir seu limite da dívida em 31 de dezembro, mas estão sendo tomadas medidas extraordinárias para adiar o default do país, disse nesta quarta-feira o secretário do Tesouro, Timothy Geithner.

Em uma carta enviada ao Congresso, Geithner disse que o Tesouro irá começar a tomar medidas extraordinárias para "temporariamente adiar a data na qual os Estados Unidos não poderão mais cumprir com suas obrigações legais".

Geithner advertiu que não sabe quanto tempo poderá oferecer à Casa Branca e aos legisladores americanos caso este não cheguem logo a um acordo sobre um compromisso orçamentário para evitar que a economia mergulhe no "abismo fiscal", .

Segundo o secretário, entre as medidas extraordinárias estão o travamento da emissão de alguns títulos do governo estadual e municipal, o que, sob circunstâncias normais, deve gerar um prazo maior de cerca de dois meses.

"Contudo, dada a incerteza que existe agora no que diz respeito às políticas de gastos para 2013, não é possível prever a duração efetiva destas medidas", afirmou.

A partir do meio-dia (1700 GMT; 15H00 de Brasília) de sábado, os Estados Unidos vão "começar a tomar certas medidas extraordinárias autorizadas por lei para temporariamente adiar o default.


Oficialmente, a Casa Branca tem até o final do mês para acertar as maneiras de reduzir os gastos e elevar os impostos para reduzir a dívida antes que isso seja feito de maneira automática, como prevê a lei, o que poderia levar o país à recessão, segundo alguns especialistas.

Obama encurtou suas férias de Natal para retornar nesta quarta-feira a Washington e reiniciar as negociações fiscais, informou a Casa Branca.

O presidente encontrava-se junto a sua família no Havaí e deve retomar as negociações na quinta-feira.

Apesar de semanas de negociações, Obama não alcançou um acordo com os republicanos para evitar o temido abismo fiscal, que levará, a partir de 1º de janeiro, a uma alta generalizada de impostos e a cortes automáticos nos gastos públicos, sobretudo na área social.

No dia 1º de janeiro também expiram as reduções de impostos para todos os contribuintes, herdadas da presidência de George W. Bush e que os republicanos pretendem renovar.

Contudo, Obama deseja excluir destas reduções os americanos com receitas superiores a 400 mil dólares por ano, depois de ter abandonado durante as negociações sua base de 250 mil dólares.

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